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Bate-papo

Isacque Lopes fala sobre carreira e identificação do público com Plutão, seu personagem em "Família é Tudo"

Com apenas 23 anos, ator interpreta mais um protagonista

20/03/2024 - 05h00min

Atualizada em: 20/03/2024 - 07h01min


Giordana Cunha
Giordana Cunha
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Ele tem apenas 23 anos, mas a cabeça é “de um homem feito”. Isso foi confirmado após a reportagem bater um papo com Isacque Lopes, o Plutão da novela Família é Tudo. A partir da conversa que pode ser conferida logo abaixo, e após acompanhar seus trabalhos, uma coisa dá para afirmar: ele é jovem, mas o talento é de um artista veterano. 

Antes de ser um dos protagonistas do folhetim das sete, ele deu vida ao personagem Benjamin, em sua fase jovem, em Vai na Fé. Além disso, protagonizou, ao lado de Clara Moneke, o primeiro filme produzido pelos Estúdios Globo, Ritmo de Natal.

Quem segue o artista nas redes sociais conhece um outro lado dele. Isso porque Isacque também expõe sua arte por meio da voz. Seu último lançamento foi Blondor, canção que caracteriza sua nova fase no cenário musical, a qual mistura o gueto carioca e a vida glamourosa de um superstar, segundo informações disponibilizadas no Spotify. O videoclipe da obra está beirando 4 mil visualizações no YouTube. 

Confira a seguir o que Isacque falou sobre Plutão, sua família e outros assuntos.

Como foi o início da sua carreira?
— Meu primeiro trabalho foi com 11 anos em um musical grandiosíssimo, em homenagem ao Michael Jackson. Eu fazia o Rei do Pop na época do Jackson 5. 

Como está sendo emendar um trabalho atrás do outro e acumular protagonistas em um curto período de tempo?
— É um privilégio. Sou muito grato pela oportunidade que as pessoas estão me dando aqui dentro da casa, por estar sendo abençoado tão abundantemente por Deus. E isso também é consequência do meu talento, de bom trabalho, do estudo, do foco, da determinação e de não abaixar a cabeça pra sociedade que oprime a gente. Nunca precisei fazer bandido, nunca precisei fazer escravizado, personagens subalternos. E isso porque meus ancestrais, pessoas que estiveram antes de mim, trabalharam muito. Tem uma história muito longa para que eu estivesse nesse lugar de protagonismo, fazendo um herdeiro.

Família é tudo para você?
Família, de fato, é tudo pra mim, como a da novela. Acho que se não fosse pelos meus amigos que acabam virando família depois, eu não estaria aqui. Se não fosse pelo incentivo da minha mãe, de Deus, dos meus amigos, eu não sei o que seria de mim. 

Como foi a preparação para interpretar Plutão, que é um skatista. Você já praticava o esporte?
Na minha juventude arrisquei dar uma “andadinha”. Mas durou até eu tomar meu primeiro tombo (risos). É esse o barato da nossa profissão, né? Eu sou ator, estou tendo esse desafio, que é o de interpretar skatista, estou lendo bastante, vendo vídeos, tendo aulas de skate… então estou mergulhando a fundo pra poder realizar da melhor forma possível esse personagem. 

Qual a característica que Plutão e todos os brasileiros têm em comum?
Brasileiro tem essa coisa de não abaixar a cabeça, de ir até o final. É aquela velha frase: “eu sou brasileiro, não desisto nunca”. Então, Plutão tem essa malandragem, de falar assim: “não, não quero essa herança, vou conseguir por mim mesmo”. Além da persistência, da coragem, do lutar desde cedo.

Qual o maior inimigo do seu personagem na novela? É o Max, que namora Nicole (Aisha Moura), guria pela qual Plutão se apaixona?
Tem a rivalidade que ele tem dentro da pista de skate com o Max, que é o oposto dele. Mas, o maior rival do Plutão é ele mesmo. Por todas as questões e inseguranças dele. Por que que ele não quer essa herança? Por que que ele não quer falar, não quer ter relação com esses irmãos? Por que ele é do jeito que ele é? Então, acho que a rivalidade começa internamente. Ele primeiro precisa entender os monstros dele, as questões dele pra depois lidar com o mundo. 

Frida (Arlete Salles) sempre incentivou muito a carreira de skatista de Plutão. Você também  teve isso em casa?
Sim. O principal pilar da minha família é, sem sombra de dúvidas, a minha mãe. Ela foi a pessoa que me incentivou do início ao fim. Quando eu falava “pô, isso aqui é pra mim”, ou não acreditava tanto, ela falava: “Você é capaz. Você veio de mim, você saiu dessa barriguinha aqui, então você não é menos que ninguém, você pode ser maior”. Ela também abriu os meus olhos pra essa sociedade. A gente nunca tocou muito na questão racial, mas intrinsecamente ali, no inconsciente, ela meio que me ensinou a lidar com essas questões.


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