Noveleiros
Michele Vaz Pradella: mulherada no comando em "Renascer"
Se na primeira versão havia um caráter mais machista, no remake, quem domina são elas
Uma das principais diferenças da nova versão de Renascer com relação à de 1993 é o papel das mulheres na história. Se há 30 anos a trama era muito mais machista, patriarcal e girava em torno dos homens, no remake quem manda são elas.
É claro que temos exceções, como Dona Patroa (Camila Morgado). Porém, esta versão da personagem não é completamente submissa ao marido. Ela enfrenta Egídio (Vladimir Brichta), levanta a voz e acusa o marido de arrastar asa para outras mulheres. Na primeira versão, quando era vivida por Eliane Giardini, Dona Patroa tinha o olhar triste, um jeito de andar mais curvado e não ousava levantar a voz para o marido.
Trio de peso
Existe um trio que vem dando o que falar ao tomar atitudes empoderadas e até mesmo ousadas. Eliana (Sophie Charlotte), por exemplo, assumiu seu desejo por Damião (Xamã) e fez do peão seu “brinquedinho”. Ele bem que tenta se esquivar, mas não consegue resistir às investidas da moça.
Mariana (Theresa Fonseca) também empina o nariz e enfrenta o macharedo sem se intimidar. José Inocêncio (Marcos Palmeira) que se cuide, os planos de vingança da neta de Belarmino (Antonio Calloni) podem despertar a qualquer momento.
E quem chegou de Salvador para enfrentar o patriarcado da região foi Sandra (Giullia Buscacio). Com cabelo nas ventas, a jovem bateu de frente com o pai sem medo, foi expulsa de casa e já tem planos pra afrontar ainda mais o Coronel. Imaginem se ela reabrir a casa que era de Jacutinga (Juliana Paes)?
Pelo jeito, o feminismo chegou pra ficar lá pelas bandas de Ilhéus.