Noveleiros
Michele Vaz Pradella: mãe é quem cria
Algumas figuras maternas da ficção não precisam ter laços de sangue
Elas acolhem, dão broncas, conselhos e estão sempre disponíveis nas horas boas e ruins. Exercem a função materna, mas nem sempre têm laços de sangue, afinal, o que importa é o afeto que cultivam por seus protegidos.
No Rancho Fundo tem uma matriarca que é, literalmente, faca na bota. Zefa Leonel (Andrea Beltrão) é o braço forte da família, chega a meter medo em quem se meter com suas crias. Sob sua proteção não estão apenas os filhos biológicos, Quinota (Larissa Bocchino), Zé Beltino (Igor Fortunato) e Juquinha (Tomás de França). A mãezona acolheu também Nastácio (Guthierry Sotero), Aldenor (Igor Jansen), Benvinda (Dandara Queiroz) e Margaridinha (Heloisa Honein). Zefa não faz distinção entre os filhos que saíram ou não de seu ventre.
Família é Tudo na novela das sete, mas o título não diz respeito apenas a quem tem o mesmo sangue. Electra (Juliana Paiva), por exemplo, foi criada como filha por Nanda (Ana Carbatti) e até a chama de mãe. Júpiter (Tiago Martins), além da figura forte de Leda (Grace Gianoukas), pode contar com a proteção – por vezes até exagerada – de Marieta (Cristina Pereira), sua eterna babá.
Em Renascer, Morena (Ana Cecília Costa) não conseguiu ter filhos biológicos, mas seu instinto materno foi exercido em sua plenitude com João Pedro (Juan Paiva), a quem até mesmo deu de mamar quando era recém-nascido. Quem também conta com a proteção da “madinha” é Zinha (Samantha Jones), abandonada ainda criança. Morena é tão mãezona que também acolheu a professora Lu (Eli Ferreira) e quem mais precisar de seus cuidados.