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Conheça a gaúcha que ganhou mais de 80 prêmios e vai estudar nos EUA

Colunista Giordana Cunha escreve sobre o universo feminino todas as quintas-feiras

25/07/2024 - 10h56min


Giordana Cunha
Giordana Cunha
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arquivo pessoal / arquivo pessoal
Victórya Leal vai estudar no Johns Hopkins University

Se alguém contasse para Victórya Leal há uns anos que seu futuro era estudar fora do país e que ganharia prêmios por meio de sua ciência, ela não acreditaria. Mas é a realidade desta menina de apenas 20 anos. Aluna de escola pública, no mês que vem ela passa a ser universitária da Johns Hopkins University, nos Estados Unidos.

O processo para chegar até esse patamar, porém, precisou de escolhas certeiras. No fim do Ensino Médio, feito no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do RS (IFRS), em Osório, havia passado nas universidades federais do RS e de Santa Catarina, mas ela também queria iniciar o processo na Fundação Estudar – programa que ajuda estudantes do Brasil nas etapas de inscrição e provas para ingresso em faculdades estrangeiras. 

Mas, para participar desse processo na Fundação, não poderia estar matriculada em cursos brasileiros de Ensino Superior. 

– Eu queria uma coisa diferente, dar um passo a mais. Mas confesso que isso (o processo) era uma coisa que eu não conseguia entender muito bem porque era realmente muito fora da minha realidade – comenta, concluindo: 

– Escrevi mais de 40 redações e precisei desenvolver meu inglês, porque eu tinha aquele (inglês) que a gente aprende na escola mesmo.


Economia circular

A curiosidade andou lado a lado com Victórya. Foi o desejo de saber um pouco sobre tudo que fez ela ir atrás de respostas. Duas destas, inclusive, lhe renderam mais de 80 premiações. Criou dois aplicativos: Fidere ee Eco-Socius. 

O primeiro é e-commerce (venda online) que conecta brechós a associações femininas. Já o outro, desenvolvido após uma pesquisa com mais de 500 estudantes, é um jogo de tabuleiro e app voltado à educação sustentável, criado a partir de um modelo matemático desenvolvido também por Victórya, com base no comportamento dos jovens brasileiros na economia circular.

– Quando iniciou a pandemia, percebi um problema que afetava pessoas muito próximas. Minha avó e suas amigas tinham brechós e associações femininas, mas acabaram ficando sem vender e sem contato físico nesse período por todos os motivos envolvendo a covid-19. Usei a ciência para ajudar essas mulheres – conta, detalhando: 

– Porém, esse problema é uma coisa muito maior, né? Porque a gente, hoje, está em uma economia linear que é baseada em produzir os produtos consumidos de modo muito rápido, o que nos leva às mudanças climáticas e até o que aconteceu aqui no Rio Grande do Sul (enchente).

Os aplicativos Fidere e Eco-Socius são gratuitos e estão disponíveis no Google Store, mas o primeiro citado está passando por reformulação.


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