Desabafo
Maíra Cardi fala sobre maternidade: "Acho que não sou uma boa mãe"
Influenciadora publicou um texto refletindo sobre o sentimento de insuficiência e de culpa em torno da criação de seus dois filhos, Lucas, 23 anos, e Sophia, cinco
Maíra Cardi, 40 anos, publicou um desabafo em seu perfil no Instagram nesta terça-feira (16), falando de maternidade e da criação de seus dois filhos, Lucas, 23 anos, e Sophia, cinco. A influenciadora digital e coach fitness refletiu sobre o sentimento de insuficiência e de culpa em torno do assunto.
"Eu errei e erro muito. Sou cheia de erros e limitações. Acho que não sou uma boa mãe, sou boa o bastante para criar meus filhos como deveria. Não tenho o dom de brincar, e me sinto muito culpada por isso! Quem é mãe entende esse sentimento de ser insuficiente", escreveu.
A influenciadora seguiu falando sobre o período em que se tornou mãe pela primeira vez, com o nascimento de Lucas, quando ela tinha apenas 17 anos:
"Criei o Lucas a muito custo. Uma menina de 17 anos, pegando ônibus e metrô lotado, sendo 'abusa' no esfrega-esfrega dos masculinos doentes, não era opcional há 25 anos. Trabalhei para pagar as contas de gente grande. Acordando às 4 da manhã e estudando à noite, chegando à meia-noite para passar a madrugada acordada amamentando."
Maíra afirmou que não conseguiu dedicar o tempo e cuidado que gostaria ao filho.
"Eu não dei tempo de qualidade para meu filho Lucas. Na verdade, eu não dei tempo nenhum! Cada um dá o que tem, eu não tinha! Nós sobrevivemos, mas eu não tive saúde emocional para criá-lo como deveria! Entre uma amamentação e uma troca de fralda, ele sentia mais o gosto salgado das minhas lágrimas e a ausência da minha alma", disse.
Na sequência, ela citou o momento em que engravidou de Sophia — fruto do relacionamento dela com o ator Arthur Aguiar — e disse que, apesar do amor pela menina, a situação a fez lembrar da solidão que sentiu no passado.
"Eu não queria ser mãe e, então, 18 anos depois, ainda traumatizada com a maternidade solo, eu também não queria ter outro filho. Mas a Sophia veio, e apesar do amor incondicional de mãe, veio novamente o gosto salgado das lágrimas noturnas, pois voltou a me lembrar que eu não sou uma boa mãe e que dói demais estar sozinha. As lágrimas me lembraram de que sou carente, frustrada, fracassada, que tinha azar no amor, que era difícil pagar as contas, enquanto o peito ainda estava pendurado e com sangue pela amamentação, os pontos da cesárea ainda ardiam, quando não estouravam durante as noites não dormidas e muita solidão", desabafou.
Ela disse ainda que, por conta dos seus defeitos e limitações, considera que acabou errando novamente com a chegada de Sophia. Por fim, ponderou que os dois foram as melhores coisas que aconteceram em sua vida e que seria de capaz de fazer qualquer coisa por eles:
"Eu não sou uma boa mãe e talvez nunca seja, mas eu faço tudo que posso e não posso por eles. Eu amo meus filhos incondicionalmente, eu mato e morro por eles, eu brigo com o mundo e vou presa se for preciso. Eu faria tudo de novo para ter os dois, eles são as melhores coisas que já fiz na minha vida! Amo vocês".