Crimes novelescos
Quem matou Molina? Além de "Mania de Você", relembre outras novelas com assassinatos misteriosos
Espectadores tornam-se verdadeiros detetives em busca de pistas. Até um concurso já foi promovido para premiar quem elucidasse um dos casos. Entre os destaques, "Vale Tudo" e a "A Próxima Vítima" são lembradas até hoje
A morte de Molina (Rodrigo Lombardi) em Mania de Você foi a virada de chave da novela, que passou por um salto temporal de 10 anos nesta terça-feira (24). Nos capítulos exibidos na semana passada, o público assistiu à morte do vilão, mas não descobriu quem matou o empresário.
O assassinato levantou dúvidas aos espectadores sobre a autoria do crime, já que, na ação que antecedeu os disparos, um disjuntor foi desligado por Mércia (Adriana Esteves). No local, além dela, estavam Rudá (Nicolas Prattes), Luma (Agatha Moreira), Mavi (Chay Suede) e Viola (Gabz).
Assim como Mania de Você, outros sucessos da TV Globo criaram essa atmosfera de mistério e colocaram em cheque a pergunta: quem matou? A seguir, Zero Hora relembra outras tramas com assassinatos misteriosos.
O Astro (1977)
Responsável por criar o bordão "quem matou", ao longo da trama de O Astro (1977), o poderoso Salomão Hayala (Dionísio Azevedo, na primeira versão) é vítima de um assassinato. O crime fictício manteve o país em suspense por cerca de cinco meses, quando, enfim, a identidade do assassino foi revelada: era Felipe Cerqueira (Edwin Luisi), amante de Clô (Tereza Rachel), a esposa do empresário libanês.
Vale Tudo (1989)
É impossível lembrar dos assassinatos que marcaram a teledramaturgia brasileira sem mencionar Vale Tudo (1989). A novela que trouxe aos espectadores a dúvida de "quem matou Odete Roitman", vilã na época interpretada por Beatriz Segall, tornou-se um dos grandes sucessos das telinhas.
O mistério por trás da identidade do assassino perdurou por 11 episódios e, ao final, foi revelado que Leila (Cássia Kiss) matou a personagem por acidente.
Antes da revelação, no entanto, o público foi o verdadeiro detetive desse caso. Até um concurso, promovido por uma empresa alimentícia, foi criado para premiar quem acertasse o nome do assassino.
Celebridade (2004)
Em Celebridade (2003), o assassinato do produtor Lineu Vasconcelos (Hugo Carvana), desvendado somente no último capítulo, colocou diversos personagens sob suspeita.
Com a gravação de três finais diferentes, para evitar vazamentos de informações antes da cena ir ao ar, a confissão de que Laura (Cláudia Abreu) matou o empresário não surpreendeu, mas manteve o público instigado até o final.
A Próxima Vítima (2005)
A Próxima Vítima (2005) teve não apenas um, mas nove personagens assassinados. Além das mortes, a novela envolveu o público na pergunta: quem será a próxima vítima?
No último capítulo da trama, o mistério foi revelado. Além do nome do autor dos crimes, Adalberto (Cecil Thiré), foi revelado que os personagens possuíam ligações entre si, o que teria motivado as mortes por queimas de arquivos.
No passado, Adalberto fora o responsável por matar Gigio Di Angelis (Carlos Eduardo Dolabella).
Pedra sobre Pedra (1992)
Em Pedra sobre Pedra (1992), o mistério sobre a morte do sedutor Jorge Tadeu (Fábio Jr), durou algumas semanas. Embora o personagem tenha morrido ainda no 30º capítulo da novela, ele vivia no imaginário dos espectadores, já que o seu espírito voltava na trama para reencontrar suas amantes.
No penúltimo capítulo, foi revelado que a beata Gioconda Pontes (Eloísa Mafalda), matou o personagem após ele seduzir sua única filha, Úrsula (Andréa Beltrão).
Cavalo de Aço (1973)
Ao longo da trama de Cavalo de Aço (1973) ocorre o assassinato de Maximiliano, também conhecido na região como Max (Ziembinski). O latifundiário é mandante de algumas mortes do passado, incluindo a dos pais de Rodrigo (Tarcísio Meira), que se torna um dos principais suspeitos da morte do proprietário rural.
Após algumas pistas falsas, no último capítulo da trama o verdadeiro assassino de Max é revelado: trata-se de Lenita (Arlete Sales), quem ele acreditava ser sua sobrinha, mas que, na verdade, era sua filha — e estava interessada em sua fortuna.
O Sheik de Agadir (1967)
Exibida na década de 1960, O Sheik de Agadir girava em torno de um conturbado triângulo amoroso. No entanto, no meio desse romance ocorriam estranhos assassinatos. A única pista, no entanto, era de que o matador usava o pseudônimo de Rato e deixava um par de luvas ao lado do cadáver, depois de estrangular suas vítimas.
Ao final da novela, descobre-se que o responsável pelas mortes era a princesa Éden de Bássora (Marieta Severo).