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Entrevista

Pri Helena celebra chance de viver Cacá em "Volta por Cima": "Essa personagem tinha que ser minha"

Atriz revela coincidência do nome de sua personagem com sua vida pessoal

26/11/2024 - 12h16min

Atualizada em: 26/11/2024 - 12h18min


Michele Vaz Pradella
Michele Vaz Pradella
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Fábio Rocha / TV Globo/Divulgação
Cacá vai ser uma pedra no sapato de Jão e Madá

O ano de 2024 ficará marcado na trajetória de Pri Helena. Depois de participar da segunda temporada da série Os Outros, no Globoplay, a atriz de 32 anos faz sua estreia em novelas como a Carla, ou Cacá, de Volta por Cima. Não bastasse tudo isso, circulou pelos tapetes vermelhos internacionais para apresentar o longa Ainda Estou Aqui, no qual interpreta Zezé, empregada de Eunice (Fernanda Torres) e Rubens Paiva (Selton Mello). Nos próximos capítulos da trama das sete, Cacá vai incomodar bastante o casal Jão (Fabrício Boliveira) e Madá (Jéssica Ellen), ao revelar que está grávida do rapaz. Em bate-papo com Retratos da Fama, a mineira de Juiz de Fora conta como surgiu a chance de estar na trama, revela se já viveu situações parecidas com as de sua personagem e até dá um conselho para Cacá: “Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima, gata!”

Como surgiu a oportunidade de estar no elenco de Volta por Cima?

A oportunidade de entrar pro elenco de Volta por Cima surgiu no começo desse ano, quando a produtora de elenco, Dani Ciminelli, entrou em contato comigo pra conversar sobre essa possibilidade. Ela já conhecia meu trabalho e acho que enxergou em mim algo que combinava com a Cacá. Eu, claro, falei que sim na hora, né? Imagina, um sonho! A conversa rolou por um tempo, e em um momento a Dani comentou que o nome da personagem seria Cacá. Esse nome tem um significado muito especial pra mim. Meu pai, que faleceu quando eu tinha cinco anos, era carinhosamente chamado assim: Cacá! Quando soube disso, senti lá no fundo que essa personagem tinha que ser minha. Como se fosse um presente do céu, sabe? Acredito muito nisso.

TV Globo / Reprodução
Aliança com Chico para separar o casal protagonista

Aliada a Chico (Amaury Lorenzo), sua personagem vai tentar separar Jão e Madá. Que conselho você daria a sua personagem sobre essa situação?

Eu diria pra Cacá que ninguém precisa se diminuir ou entrar em briga pra ter um amor, sabe? Quem realmente se importa com ela vai aparecer na hora certa. A gente merece ser amada e respeitada por quem realmente deseja estar do nosso lado. Quando a gente se valoriza, muda tudo: nossas escolhas, nossos relacionamentos e até a forma como as pessoas enxergam a gente. Eu diria pra ela: “Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima, gata!”. Afinal, quando a gente para de insistir em quem não quer a gente, um espaço se abre pra coisas muito melhores chegarem. Amar alguém é bom, mas nunca se isso custar a nossa paz.

Maga Maju / Divulgação
Circula pelos tapetes vermelhos ao divulgar "Ainda Estou Aqui"

Jão terminou o namoro pois estava apaixonado por outra pessoa. Isso já aconteceu com você na vida real?

Ô… se já! Tenho uma bela pesquisa de campo nesse área (risos). Bom que tá servindo de laboratório pra construção da personagem (risos).

Cacá é durona no trabalho, mas mostrou um lado doce no namoro com Jão, e agora, um pouco vingativa. Como consegue mesclar todas essas nuances em uma só personagem?

Na minha opinião, o mais legal é exatamente essa riqueza de nuances e camadas emocionais que ela tem. Essa complexidade faz da Cacá alguém muito próxima do que somos na vida real: cheias de dualidades e emoções conflitantes. Ela não é uma personagem “chapada” ou previsível, mas extremamente multifacetada, como qualquer mulher pode ser. Ela consegue ser forte, vulnerável, amorosa, impulsiva, tudo ao mesmo tempo. O lance é encontrar a verdade dela, e isso só rola quando a gente se deixa atravessar pelas dores, os desejos e as contradições da personagem. Quando a gente para de julgar e abraça a humanidade do papel, a cena ganha vida e atravessa de verdade o público.

Manoella Mello / TV Globo/Divulgação
Cacá é durona no trabalho como segurança de Violeta (Isabel Teixeira)

Participação no filme Ainda Estou Aqui, na série Os Outros e agora, a novela. Quais são as principais diferenças que você percebe entre essas três linguagens audiovisuais?

Eu tô realmente aprendendo como funciona tudo isso, descobrindo os desafios desses formatos. Não é tão simples como parece, mas tô amando. Cada trabalho tem suas especificidades. Uns com mais tempo pra ensaios, outros com uma produção mais dinâmica. Mas, independente de onde for, os meus processos de criação começam a partir da escuta e da compreensão sobre o que as personagens me trazem e, buscando acima de tudo, a verdade em cena. Tem que estar presente de verdade, no palco ou na tela, na TV ou no cinema. Esse é o pulo do gato!


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