Estrelas da Periferia
Artista de Arroio dos Ratos, Jéssica Jennifer, dá show na voz e na atuação
Cantora e compositora lançou primeiro single recentemente, que virou trilha sonora de curta que participa


A cantora, compositora e instrumentista gaúcha, Jéssica Jennifer, 26 anos, lançou seu primeiro single em novembro deste ano. A música Interestelar, composta por ela, está disponível nas plataformas digitais e dá um gostinho do seu álbum de estreia, que está sendo produzido e tem previsão de lançamento para o primeiro semestre de 2025.
A cantora nasceu em São Jerônimo e cresceu em Arroio dos Ratos, ambos municípios na Região Carbonífera. Jessica tem como referência mulheres talentosas e fortes: Elis Regina (1945–1982), Rita Lee (1947–2023) e Amy Lee, vocalista da banda americana Evanescence (que não é irmã da Rita, mas canta tão bem quanto).
Com sete anos, participava do coral municipal infantil. Entrou no CTG por incentivo da escola, onde cantava música nativista em rodeios e festivais. Sua família é muito ligada à música, já que a avó tinha uma coleção enorme de discos de vinil, que eram o passatempo da criança.
Jéssica começou a compor, acompanhada de um violão, aos 13 anos, mesma idade com a qual montou a primeira banda, com colegas da escola, tocando covers de bandas de rock e MPB.
— Desde muito pequena eu sempre soube que seria artista — conta a cantora, que também é atriz, completando:
— Ainda não consigo me sustentar só com a música, mas eu não conseguiria viver sem a música, tenho certeza de que eu nasci para fazer isso.
Cinema
Jéssica também trabalha com a amiga Anne Prado na produtora Prado Filmes, onde a cantora já compunha músicas para as trilhas sonoras.
Mas a sua primeira composição exibida publicamente foi História Sem Fim, uma música que escreveu após um professor de piano convidá-la para inscrever-se no Festival da Canção Coxilha Negra. Com a composição, Jéssica recebeu o Prêmio de Aclamação do Júri.
Uma das músicas que surgiu durante esse processo de criação para o festival foi Interestelar, canção que, segundo Jéssica, escreveu de brincadeira e foi descartada.
Quando veio para Porto Alegre, em 2023, começou a fazer apresentações e decidiu colocar, entre tantas outras, Interestelar no repertório. Até que o produtor Hélio lhe disse que acreditava que sua melhor música até o momento era exatamente essa.
— Ele me disse que quando eu tocava Interestelar o público reagia muito bem, que parecia gostar bastante — conta a artista, que não acreditou no amigo de primeira, mas na apresentação posterior, prestou atenção e viu que ele estava certo.
A música, que é um pop rock, foi gravada e acabou entrando no curta E se Nevasse na Praia?, com roteiro e direção de Anne, no qual Jéssica também atua. O trabalho conta a história de uma cantora que compõe uma música inspirada em um amor de adolescência.
— Ela não foi composta para o curta, mas fechou com a história, casou muito bem. O curta estreou e foi exibido na última sexta-feira, e, por mais que a música não seja minha preferida, foi bem aceita pelo público e deu supercerto — comenta.
Próximo ano
A letra é uma declaração de amor que narra sua experiência pessoal misturada com elementos da ficção cinematográfica. A música fará parte de um EP que será lançado no decorrer do ano que vem e nasceu da junção de duas paixões da artista: música e cinema. Todas as cinco faixas, incluindo Interestelar, têm como nome títulos de filmes. A cantora diz que seu processo criativo na música e no cinema se mistura.
— Quando faço um personagem eu crio uma playlist para ele, quando trabalho em um texto também. Para mim está tudo interligado — diz a artista, que afirma mal poder esperar pelo lançamento do projeto:
— Quero ver quais cenas de filme as minhas músicas podem ajudar a construir na vida real.
AQUI, O ESPAÇO É TODO SEU!
Para participar da seção, mande um histórico da sua banda, dupla ou do seu trabalho solo, músicas, vídeos e telefone de contato para camila.mendes@diariogaucho.com.br.
Para falar com o artista, ligue para (51) 99551-2642
* Produção: Camila Mendes