Neste final de ano, Jaffar Bambirra tem motivos de sobra para agradecer. No ar em Mania de Você como o controverso Iberê, ele ganhou o coração do público ao formar com Adriana Esteves (Mércia) e Chay Suede (Mavi) um trio que apronta tanto quanto diverte em cena. Na vida pessoal, o carioca de 26 anos ganhou o coração de Gabz, que interpreta a mocinha Viola. Em bate-papo, o ator conta como está sendo construir um tipo tão complexo, comenta o sucesso do “bromance” de Iberê e Mavi e diz torcer pela redenção de seu personagem.

Iberê foi criado na comunidade, mas passou para o lado do inimigo ao se aliar a Mavi. Você acha que, no fundo, ele ainda tem salvação?

Acho que a questão da salvação do Iberê é algo que depende muito do olhar de quem assiste. Ele é um personagem com muitas camadas, e isso reflete nas escolhas que ele faz. Por trás de suas atitudes, há uma necessidade de validação, de pertencer, e isso o coloca em caminhos que nem sempre são os mais corretos. Mas, no fundo, acredito que todos têm algum ponto de virada. O desafio é se ele vai conseguir enxergar isso a tempo.

Nas redes sociais, o público shippa Iberê com Mavi, com direito a vídeo dos dois se beijando feito com IA. Como você recebe essa repercussão de seu personagem?

É muito divertido e surpreendente ver como o público reage e se envolve com os personagens. Esses vídeos com IA são uma prova de como as pessoas estão engajadas e, de certa forma, criando uma extensão da história. Eu acompanho as reações com carinho e fico feliz de ver o quanto o personagem está gerando discussão.

Como é pra você contracenar com nomes como Adriana Esteves e Ana Beatriz Nogueira? Dá pra fingir costume?

Olha, fingir costume é difícil! Contracenar com artistas como Adriana e Ana é um aprendizado constante. Elas têm uma generosidade em cena que faz toda a diferença, além da entrega brilhante. Estar ao lado delas é sempre uma aula e eu tento absorver tudo o que posso. 

Além do destaque de seu personagem, Mania de Você vai ficar marcada também na sua vida pessoal, né? Você e Gabz trocam figurinhas sobre as cenas, os próximos acontecimentos da trama?

Com certeza! Trabalhar com a Gabz tem sido incrível. A gente troca muito, seja sobre as cenas, os rumos da história, ou até ideias para dar mais profundidade aos nossos trabalhos. Essa parceria fora de cena tem sido muito importante. 

A que você atribui o sucesso do núcleo “do mal”, do qual você faz parte? Afinal, o público ama Iberê, Mavi e Mércia, e chega a vibrar com as armações desse trio…

Acho que o sucesso do núcleo “do mal” está muito ligado à maneira como o vilanismo é construído na novela. O público ama acompanhar personagens que não são unidimensionais, e o Iberê, o Mavi e a Mércia são exemplos disso. Eles erram, cometem atos condenáveis, mas eles levam para o telespectador suas motivações por mais doidas e descabidas que elas sejam. Essas questões acabam prendendo a atenção e, de certa forma, desafiam o público a refletir sobre questões morais. Fora a parte cômica também, porque esses juntos provocam boas risadas.