Bruno Montaleone não para. No ar em Mania de Você como Cristiano, o ator de 28 anos tem, além da trama das nove, vários projetos a serem lançados neste ano. Em maio, poderá ser visto no cinema em Homem com H, que conta a trajetória de Ney Matogrosso. No longa, Bruno interpreta Marco de Maria, ex-companheiro do cantor. E, em breve, começa a gravar Encontrada, sequência de Perdida, filmes baseado nos livros de Carina Rissi. Tem mais Montaleone no streaming, em sucessos da Netflix como De Volta aos 15 e O Lado Bom de Ser Traída. 

Completando 10 anos de carreira, o jovem ator bateu um papo com Retratos da Fama. Confira!

Em Mania de Você, seu personagem está prestes a descobrir o caso de Michele (Alanis Guillen) e Daniel (Samuel de Assis). Na vida real, você já passou por alguma situação parecida?

Nunca passei por nada parecido, é uma situação muito específica. 

Como foi a preparação para viver um personagem vítima de tráfico humano?

Na verdade, me preparei para estar num estado de emergência. O intuito era sentir como as situações extremas vão afetar você. Cristiano e Michele pouco sabiam do que se tratava, e tampouco quanto tempo duraria aquele pesadelo. Não à toa, eles não aguentaram mais e tomaram uma decisão muito arriscada para se livrar daquele lugar. Ver uma pessoa nesse estado, precisando tomar esse tipo de decisão, é algo que me faz conseguir imaginar o desespero de passar por isso.

Você está completando 10 anos de carreira. O que o Bruno de hoje diria para o jovem de 2015, que começava a carreira na TV?

Eu falaria pra ele seguir em frente, pra confiar em si mesmo e não perder sua essência. Diria que ele não sabe aonde ele poderia chegar e que ele continue duvidando do destino, pois ele tem sido bem generoso conosco. Para ele continuar ambicioso e buscando se aprimorar pelo bem de se ver evoluindo naquilo que faz com tanto amor e afinco. E que as crises são parte essencial do processo.

Nesses anos de carreira, com quais grandes ídolos você teve oportunidade de contracenar? Como é essa troca em cena entre jovens atores e veteranos? 

Nossa, são tantos! Jáestive no set com Fernanda Montenegro, Milton Gonçalves, Dona Laura (Cardoso), Tonico Pereira, Tony Tornado… Enfim, a minha profissão proporciona esses momentos, às vezes logo no primeiro trabalho. Eu adoro artistas, e gosto de atores, gosto de conhecê-los, ouvir suas histórias e trajetórias, gosto de falar besteira e jogar conversa fora. É um dos grandes prazeres de ser ator. Trocar com profissionais mais experientes e entender que praticamente todos passamos pelo mesmo dilema traz um certo aconchego, quero poder estar sempre trabalhando com essas pessoas que eu admiro.

Sucesso no streaming, projetos no cinema, papel na novela das nove... Quais são as principais diferenças que você vê entre esses diversos tipos de audiovisual, desde o processo até a divulgação?

Acho que o que mais diferencia é o tempo que se tem pra fazer cada cena. Geralmente, em novela é tudo muito corrido devido à alta demanda de entrega de cenas diárias, etc. Esse tipo de processo é um exercício de desapego para o ator porque sempre saímos da cena achando que poderíamos ter feito mais. Já nos streamings, até onde eu experienciei, varia. Ora se tem tempo, ora estamos correndo, mas acredito que é normal.  Já no cinema foi onde eu tive mais tempo dedicado para uma cena. Com certeza é um lugar inigualável e onde me senti mais realizado levando em conta o que pude entregar. Acredito que todos têm a mesma porcentagem de ser um grande sucesso.