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Nona participação

"Vir para o Planeta Atlântida é como ser convocado para a Seleção Brasileira", afirma MC Jean Paul, pioneiro do funk no festival

Funkeiro se apresentou ao lado da Comunidade Nin-Jitsu neste sábado (1º), no Palco Atlântida

02/02/2025 - 00h21min


Alexandre Rodrigues
Alexandre Rodrigues
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Alexandre Rodrigues / Agência RBS
MC Jean Paul tocou pela primeira vez no festival em 2010.

"Foi no verão que eu curti um baile funk." Impossível ouvir a melodia de Foi no Verão e não sair cantarolando a música. O clássico de MC Jean Paul é uma celebração ao gênero musical tão defendido pelo artista, que foi um dos primeiros nomes do funk a subir no palco principal do Planeta Atlântida, em 2010. 

Neste sábado (1°), Jean Paul retornou à Saba para sua nona apresentação no festival, segundo ele. Acompanhado da Comunidade Nin-Jitsu, a dobradinha era aguardada por jovens e adultos no Palco Atlântida.

Antes de se apresentar, ainda no camarim, Jean Paul falou sobre seu pioneirismo no festival mais importante do Sul do Brasil. Confira:

Há quantas edições você participa do Planeta Atlântida?

Essa é a nona edição. Estou muito feliz de estar aqui mais uma vez, ter sido convocado para mais um Planeta. Faço uma analogia com o futebol: quando você vem para o Planeta, é como se tivesse sido convocado para a Seleção Brasileira, onde estão os melhores artistas, os melhores jogadores. Então, estou muito feliz de estar novamente no Planeta, representando o nosso funk.

Como foi a sua primeira participação?

Em 2006, a gente se apresentou aqui no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina também. Depois, em 2010, fui o primeiro MC a subir no palco principal do Planeta. Foi um momento histórico para o funk. E, hoje, a gente vê onde o funk chegou. Fico feliz por estar representando o gênero e por ter sido um dos pioneiros.

Como você percebe o crescimento do funk desde aquela época?

Desde o começo, nosso objetivo era mostrar ao público o verdadeiro espírito do funk. Ele foi feito para a galera dançar, se divertir, curtir, apesar de ter muita discriminação naquela época. Aos poucos, a gente foi mudando essa percepção. E a resposta está aí: o festival, hoje, traz grandes artistas que representam o povo. Me sinto representado, mesmo quando não estou no Planeta, mas vejo artistas do funk no line-up, porque sei que conseguimos, de certa forma, abrir essa porta.

Tem muitos jovens esperando pelo show na frente do palco…

É de geração em geração, né? Isso é sensacional. É um presente, porque hoje a gente vê pai e filho curtindo o MC Jean Paul. Realmente, é uma carreira que atravessou gerações. Isso é um privilégio, é um tesouro.


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