Dizem que “a fruta não cai longe do pé”, e com Lucas Santos não foi diferente. Afinal, aos 13 anos de idade ele decidiu que queria seguir carreira na música, assim como o pai, José Lemos, o DJ Titinho. O que começou como um sonho de garoto se transformou em uma trajetória consolidada como DJ e produtor musical.

— Eu via o interesse e aquela paixão que ele tinha com as pick-ups. Ali eu já sabia que não seria diferente. A ligação com a música sempre foi algo forte na minha vida. Sem dúvida, ele (pai) foi a base para que essa ligação se tornasse ainda maior — relembra o artista, natural de Novo Hamburgo.

Apesar do incentivo do pai, Lucas enfrentou alguns desafios no início da carreira. A idade foi um dos principais obstáculos, segundo ele, já que, por ser menor de idade, não podia se apresentar em casas noturnas da região. 

O reconhecimento veio aos 18 anos, quando se encontrou na área da produção e começou a divulgar seu trabalho nas ruas.

Transição musical

Como DJ, seu carro-chefe era o gênero do tech house, mas por meio de um amigo, Thiago Silver, ele notou que o funk poderia ser seu grande diferencial. Dois anos depois, e com uma visibilidade maior no Rio Grande do Sul, Lucas foi ao Rio de Janeiro atrás de novas oportunidades.

Em solo carioca, o artista estreou a sua primeira turnê. Foi nessa ocasião que ele conheceu o funk 150 BPM – um estilo marcado pelo ritmo acelerado das batidas.

— Nessa época era uma febre. Eu fui para o Rio de Janeiro com a visão de tocar funk, lá me despertou ainda mais a vontade. Sabe aquela frase de juntar o útil e o agradável? Foi a combinação perfeita — afirma ele, que decidiu trazer o estilo para o Sul.

Nesta transição, o artista já foi responsável por abrir shows de diversos artistas, como MC Daniel, MC Ryan SP, MC Cabelinho, Ferrugem e Pixote, além de participar como atração de alguns festivais, como a Oktoberfest Santa Cruz de 2024 e o Planeta Atlântida em 2020.

Persistência

“Você pode ser tudo aquilo que a arte te permite ser”. É assim que Lucas encoraja novas gerações a seguirem carreira na música. Ele também aconselha que estudem, principalmente para quem deseja ser DJ e produtor, acreditem em si mesmos e, acima de tudo, que sejam persistentes:

— Leve a sério, busque inovar, construa sua identidade visual, seja responsável e não se de deixe levar pela noite. E o mais importante de tudo isso: tenha persistência. 

Próximos passos 

Para o futuro, Lucas já tem novos projetos e parcerias em andamento, mas, por enquanto, prefere manter o mistério e despertar a curiosidade.

— Meu maior objetivo também é seguir trabalhando forte na marca DJ Lucas Santos, colocando material na rua e em plataformas digitais. Quero gerar conteúdo que abra novos horizontes e oportunidades em grandes festivais dentro e fora do Brasil — diz.

Produção: Rayne Sá

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