Nesses 25 anos, o Diário Gaúcho contou histórias de anônimos e famosos, e algumas se confundem com a própria trajetória do jornal. É o caso de Cristina Ranzolin, que desde o primeiro número já tinha lugar cativo nas páginas do DG. Naquele 17 de abril de 2000, Cris abria o coração e falava sobre o recém-assumido romance com Paulo Roberto Falcão. Discreta na vida pessoal, a jornalista disse apenas: “Estou muito feliz”. Ao relembrar a matéria daquela época, ela revelou que o namoro havia começado alguns anos antes.

– Começamos a namorar em 1997, quando eu voltei do Rio (em terras cariocas, Cristina passou pelo Jornal Hoje, Jornal da Globo e RJTV). Eu sempre disse que nunca iria ter envolvimento com nenhum colega de trabalho, e pra mim tudo foi uma surpresa. No início, quando a gente estava se conhecendo, sabia que isso ia gerar um falatório. Procuramos ser bastante discretos, evitávamos lugares badalados, então preservamos bastante nosso início de relacionamento – conta Cristina, que acredita ser a discrição um dos segredos para um relacionamento duradouro entre pessoas públicas:

– As pessoas começam a inventar coisas que nem existem, então, no início, a discrição é o melhor negócio. Até pode dar certo se for ao contrário (com mais exposição), mas não foi o que a gente resolveu fazer.

A musa da RBS TV e o eterno Rei de Roma subiram ao altar em 2003. No ano seguinte, nasceu a única filha do casal, Antônia. Em sua primeira entrevista ao DG, Cris ainda não considerava ser mãe, mas conta que a maternidade chegou em sua vida no momento certo.

– O casal primeiro tem que ser família a dois, pra depois formar uma família. Tem que ter uma estrutura juntos, curtir muito juntos. Antônia veio em uma hora supercerta, eu tinha 37 anos quando engravidei, o Paulo já tinha 50, não dava pra retardar muito.

Há quase 30 anos no comando do Jornal do Almoço, Cristina rememora o desejo de fazer coisas diferentes na profissão, seu objetivo naquele longínquo ano 2000. Mesmo que esteja atuando no mesmo programa há tanto tempo, ela ressalta que as sucessivas transformações do JA lhe dão a sensação de estar sempre realizando coisas novas.

– O JA foi mudando muito ao longo desses anos, eu fui me adaptando a essas mudanças. Olha como era o Jornal do Almoço lá no início e como é hoje, muito mais solto, a gente pode interagir, se relacionar com o público, falar mais diretamente, se emocionar, rir, brincar. É um jornal que me permite tantas coisas, que me completa bastante. Acho que a cada dia eu consigo fazer algo diferente, mesmo estando no mesmo estúdio, apresentando o mesmo jornal há quase 30 anos.

Cristina Ranzolin celebra a parceria com o Diário Gaúcho nestes 25 anos. Desde aquela primeira chamada de capa, muita coisa mudou no mundo e na vida da apresentadora. O que permanece é o carinho dela com o jornal.

– Fico muito feliz de fazer parte desde o primeiro número do DG, na capa. Depois, foram tantas entrevistas que eu dei, momentos bacanas da minha vida que vocês registraram, meu casamento, o nascimento da minha filha. Momentos nem tão agradáveis assim, como foi a minha doença, mas que, através do meu problema, acabei ajudando outras pessoas. É muito bacana fazer parte dessa história e ter podido colaborar com vocês ao longo desse tempo, e que venham mais 25, 50, 75, muitos anos pela frente. Parabéns pelas Bodas de Prata de vocês!