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Cerca de 30 mulheres gaúchas participarão de capacitação em justiça climática 

Colunista Giordana Cunha escreve sobre o universo feminino todas as sextas-feiras

25/07/2025 - 05h00min

Atualizada em: 25/07/2025 - 05h00min


Giordana Cunha
Giordana Cunha
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ratatosk/stock.adobe.com
Formação será promovida pela EmpoderaClima

Apesar de serem as mais afetadas pelos desastres ambientais, as mulheres seguem sub-representadas nos espaços de decisão sobre políticas climáticas no Brasil. Enxergando esse desequilíbrio como um obstáculo ao avanço de soluções eficazes e justas, o programa Mulheres pela Resiliência Climática, da EmpoderaClima, aposta na formação de lideranças comunitárias femininas e no fortalecimento institucional de suas pautas. No dia 2 de agosto, Porto Alegre receberá a capacitação da instituição, reunindo cerca de 30 gaúchas. Na ocasião, serão debatidas estratégias de redução de riscos, resposta a desastres e apoio psicossocial. 

As inscrições para a participação já foram encerradas, mas existe a possibilidade de novas vagas serem abertas. Fique de olho no Instagram @empoderaclima.

A iniciativa trabalha para atuar em duas frentes: no território e na política. De um lado, promove workshops e formações técnicas com lideranças comunitárias femininas, com foco em gênero e clima. Do outro, articula compromissos  com autoridades locais e ministérios, por meio de cartas construídas coletivamente pelas participantes destes encontros. 

– Nosso objetivo é romper barreiras estruturais e sistêmicas que impedem a participação plena das mulheres na tomada de decisões climáticas – afirma Yasmim Cunha, assessora de comunicação da EmpoderaClima.

O projeto também trabalha em parceria com instituições de justiça climática espalhadas pelo Brasil, para ampliar a presença de mulheres em fóruns de governança ambiental. 

Atuação

A escolha das cidades onde o projeto vai acontecer (Porto Alegre,  Belém (PA) e Recife (PE)) revela um panorama de desigualdades climáticas regionais. No entanto, Yasmim conta que há um elo comum entre elas: a atuação silenciosa e essencial das mulheres em contextos de crise.

– Mesmo diante de realidades distintas, o que se repete é a centralidade das mulheres na resposta comunitária, quase sempre sem apoio institucional – diz.

O projeto parte justamente dessa constatação para fomentar redes de aprendizado entre territórios diversos, reconhecendo e valorizando formas distintas de liderança feminina. A ideia é construir soluções replicáveis, que possam ser levadas a outras regiões nos próximos anos. Mais do que registrar impactos para instituições ou relatórios, o foco está em garantir que o saber circule e fortaleça as próprias comunidades. 

– Queremos que as participantes se tornem multiplicadoras. Só com mudanças sistêmicas e ações a longo prazo poderemos alcançar um desenvolvimento verdadeiramente justo e sustentável – conclui Yasmim.


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