Quando o vozeirão de Agnaldo Rayol (1938-2024) invadir a telinha, seremos transportados novamente para uma saga de amor, desencontros e muito sofrimento, tudo com um belo sotaque italiano. Sucesso de Benedito Ruy Barbosa, Terra Nostra (1999) terá mais uma reprise a partir de hoje, na Edição Especial. Quem guarda lembranças dessa trama emocionante terá a chance de acarinhar sua memória afetiva. Os mais jovens poderão conferir, afinal, por que se trata de um novelão. 

A seguir, confira cinco motivos para não perder essa história, “va bene”?

Sotaque “brasiliano”

Quem não soltou um “amore mio”, “va bene” ou “dio santo” quando a novela esteve no ar? O sotaque “mezzo” português, “mezzo” italiano invadiu as ruas, e mesmo sem entender uma ou outra palavra, muita gente incorporou expressões da novela no seu dia a dia. Aqui no Rio Grande do Sul, Terra Nostra teve um gostinho especial, por conta da forte presença da colonização italiana no Estado, especialmente na Serra.

Superprodução

Desde as cenas no navio, passando pela reconstrução histórica da São Paulo do início do século 20, Terra Nostra não deixou a dever nada aos grandes sucessos de Hollywood. A produção entregou cenas marcantes, que estão até hoje na memória do público, como as primeiras declarações de amor entre Matteo e Giuliana, os corpos jogados no mar por conta da peste e a chegada dos italianos na fazenda de Gumercindo (Antonio Fagundes).

Estreantes

Terra Nostra apresentou ao mundo Maria Fernanda Cândido, “a mulher mais bela do século”, eleita por votação popular no Fantástico. Em seu primeiro trabalho como atriz, ela interpretou Paolla, jovem que foi iludida por Augusto (Gabriel Braga Nunes), mas acabou encontrando a felicidade nos braços de Francesco (Raul Cortez). Apesar da grande diferença de idade, o casal encantou e ganhou a torcida do público.

Quem também “debutou” na trama foi Nicolas Prattes, que aos dois anos de idade interpretou Francesquinho.

Amore infinito

Uma das histórias de amor mais marcantes e sofridas da teledramaturgia foi a de Matteo (Thiago Lacerda) e Giuliana (Ana Paula Arósio). Eles se conheceram ainda no navio vindo da Itália, mas se desencontraram na chegada ao Brasil. Foram longos meses separados, lágrimas, filhos e casamentos com outros pares – Matteo foi obrigado a se unir a Rosana (Carolina Kasting), já Giuliana caiu nos braços de Marco Antonio (Marcello Antony). Mas, como toda boa história de amor, o casal teve um merecido final feliz.

Elenco de peso

Raul Cortez (1932-2006), Antonio Fagundes, Debora Duarte, Angela Vieira, Antonio Calloni, Lolita Rodrigues (1929-2023)... grandes nomes abrilhantaram a trama, e cada um teve sua chance de se destacar. Além dos veteranos, jovens promessas como Ana Paula Arósio, Thiago Lacerda, Marcello Antony e Carolina Kasting protagonizaram cenas marcantes. Ana Paula Arósio arrebatou o Brasil inteiro com o sofrimento de sua personagem, com destaque para as sequências em que ela fica sabendo que seu bebê havia nascido morto e, posteriormente, quando descobre que tudo havia sido armação da ardilosa Janete (Angela Vieira). Os embates entre as duas foram de tirar o fôlego.