Estrelas da Periferia
Cria do bairro Nonoai, na Capital gaúcha, DJ Castor leva o seu som às praias de Santa Catarina
Kauan Cunha da Silva, 27 anos, mora no município de Tubarão desde a adolescência. Atualmente, atua como produtor musical e DJ beatmaker na região


Nascido em Porto Alegre, porém, morador de Tubarão (SC) desde a adolescência, Kauan Cunha da Silva, conhecido artisticamente como DJ Castor, é um dos principais expoentes do funk catarinense. Aos 27 anos, o funkeiro se consolida como produtor musical e DJ beatmaker da região, visando também projeção nacional.
Segundo o artista, que cresceu no bairro Nonoai, zona sul da Capital, a mudança para Tubarão foi determinante para o seu desenvolvimento criativo. Conforme relata Kauan, a cidade o trouxe novas referências, amizades e realidades que acabaram influenciando no seu som.
Recentemente, Castor compartilhou nas redes sociais uma prévia de seu próximo lançamento, a música Me Tromba no Baile, em parceria com o funkeiro Kaue do BM, previsto para o dia 10 de outubro. No Instagram, a publicação rendeu ao DJ mais de 30 mil visualizações.
Ponto de partida e de virada
Segundo descreve DJ Castor, seu processo criativo depende de uma série de etapas. Contudo, seu ponto de partida é sempre o mesmo: o ritmo.
— O beat é o coração do funk, então gosto de construir primeiro uma batida que tenha energia e identidade — explica, complementando:
— A partir dela, vou sentindo o que combina: às vezes surge uma melodia, outras vezes um sample (trecho sonoro de uma gravação preexistente que é reutilizado numa nova música) que encaixa perfeito, e em alguns casos a letra já vem junto com a vibe.
Para ele, esse tipo de liberdade é o que assina a autenticidade do seu som, uma vez que cada música acaba nascendo de um jeito diferente. Um destaque da carreira, é o Set do Castor, que Kauan afirma ter sido um ponto de virada na sua trajetória.
— Acho que todo artista tem aquele momento em que sente que algo mudou, e para mim foi quando lancei Set do Castor. Foi um trabalho em que eu coloquei muita verdade e energia, e ver a reação do público foi diferente de tudo que eu já tinha vivido. Ali percebi que meu som estava alcançando outro nível e que eu podia sonhar ainda mais alto — conta.
Futuro
Enquanto se prepara para o próximo lançamento, Kauan já traça os próximos passos da carreira. Entre as metas, um dos principais focos é intensificar colaborações com artistas que admira e que fortalecem a cena — desde nomes consagrados até músicos recém-lançados.
— Também quero expandir meus shows para mais cidades e estados, levando meu som a diferentes públicos — diz, salientando:
— E, além do funk, penso em experimentar parcerias em outros estilos, como rap e trap, porque acredito que essa mistura pode trazer novidades e abrir novas portas na minha trajetória.
Para o DJ, o futuro do funk catarinense é promissor, impulsionado pelo crescente número de artistas dedicados a construir uma identidade própria e provar que a produção de qualidade não se limita ao eixo central do país:
— Acho que estamos vivendo um momento em que o público nacional está mais aberto a conhecer sons de diferentes regiões, e isso cria espaço para ocuparmos nosso lugar no cenário. Tenho certeza de que, com união e consistência, o funk catarinense vai conquistar ainda mais visibilidade em todo o Brasil.
Produção: Juliana Farinati
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