O “protagonista é o personagem em torno do qual a narrativa se desenvolve e as ações acontecem”, segundo o Google. Isso vale para toda obra de ficção, e na teledramaturgia, não é diferente. Porém, um curioso fenômeno vem acontecendo em algumas novelas: o de protagonistas sendo relegadas a papéis coadjuvantes.

A Dona de Mim do título da trama das sete deveria ser Leona (Clara Moneke), não? No entanto, a moça mal tem vida própria, anseios ou sonhos que a movam. Até agora, a vida dela gira em torno da família Boaz, seja pelos romances com Davi (Rafael Vitti) e Samuel (Juan Paiva), seja pelo apego à pequena Sofia (Elis Cabral). Às voltas com os problemas dos agora ex-patrões, Leo se anula, deixa de lado até a própria família e já perdeu uma ótima chance de emprego na área com a qual sempre quis trabalhar. Após ser demitida da mansão, poderia ter a chance de seguir o próprio caminho, mas não. Nos próximos capítulos, ela ganhará na Justiça a guarda provisória de Sofia. Aliás, nas redes sociais tem muita gente achando exagerada a preocupação de Leo com a menina, como se tivesse projetado nela todo o amor que seria destinado à própria filha, que morreu ainda no útero.

Em círculos

Taís Araujo já andou reclamando dos rumos de Raquel, em Vale Tudo. E com razão, afinal, houve um retrocesso na trajetória da cozinheira, que perdeu tudo e voltou a vender sanduíche na praia. Agora que deu a volta por cima – de novo – Raquel pouco aparece em cena, em sequências curtas no trabalho ou nos braços de Ivan (Renato Góes). Ultimamente até mesmo Aldeíde (Karine Teles) tem aparecido mais do que a “protagonista”. Triste...