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Estrelas da Periferia

Jow faz da música um território de pertencimento

Da periferia de Pelotas para os palcos da Capital, artista é cantor e multi-instrumentista

23/12/2025 - 09h21min


Sétima arte/Divulgação
Cantor mistura pop, rock, R&B e eletrônica em suas composições

Natural de Pelotas, no sul do Estado, Jow, 30 anos, começou cedo, aos 12, quando o som ainda era apenas curiosidade. Aos 16, vieram as primeiras aulas, pagas com o esforço da família, e, junto delas, o violão, a guitarra, o baixo e a própria voz passaram a ganhar propósito.

Em 2017, o artista saiu de sua cidade natal — após cursar Produção Fonográfica — rumo a Porto Alegre. Trabalhou em shopping, estudou, aprendeu a sobreviver. Na pandemia, enquanto o mundo desacelerava, Jow acelerou por dentro: cada real guardado virou investimento direto na música.



Lançou o seu primeiro EP solo, EU, em 2021, com canções contando sobre términos de relacionamentos, amadurecimentos e anseios. 

Seu som conversa com quem quase nunca foi o centro: pessoas pretas, pessoas LGBT+, corpos e histórias que resistem todos os dias. Jow olha para a cena cultural da Capital com entusiasmo, como quem sabe que ainda há espaço para viver de arte. 

— Porto Alegre é uma cidade que respira e fomenta cultura. Esse salto ao vir para cá foi, para mim, como voar — afirma. 

Em abril, lançou Insano, um trabalho que carrega intensidade no nome e na essência. Para o próximo ano, planeja a versão deluxe do álbum, novas parcerias e celebra também a participação na trilha sonora de um curta-metragem, expandindo seu alcance para além dos palcos.

De Pelotas a Porto Alegre, passando por São Leopoldo, Guaíba, Canela e outras cidades do Rio Grande do Sul, Jow segue em movimento. Ele entende a presença digital como ferramenta de furo de bolha, ponte entre pessoas: 

— Trabalhar com música é influenciar, inspirar, quero abraçar o público que me abraça.

Mais do que artista, ele se reconhece como comunicador e sabe que isso vem com responsabilidade: a de espalhar arte, provocar encontros e lembrar que a periferia não é margem, mas ponto de partida.

*Produção: Emily Barcellos

Aqui, o espaço é todo seu!

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