O ano foi intenso para os noveleiros, com tramas que nos emocionaram, impactaram e deixaram sua marca na teledramaturgia de 2025. Do remake de Vale Tudo ao retorno de Aguinaldo Silva à Globo, passando por histórias de superação, luta contra o preconceito e até o reencontro com personagens bem conhecidos em Êta Mundo Melhor!, histórias para todos os gostos povoaram a telinha. 

Confiram aqui um resumão dos destaques destes últimos meses e preparem-se: 2026 vem com mais emoções!

Fofura do ano

Vira e mexe, surge uma pequena estrela que rouba a cena na telinha. Em 2025, foi a vez de Elis Cabral, a Sofia de Dona de Mim. Aos sete anos, ela impressiona com seu carisma e talento, principalmente nas muitas cenas dramáticas de sua personagem. Nos bastidores, virou o xodó do elenco, ganhou um quadro de entrevistas no Instagram, participou de vários programas da Globo e até do clássico Amigo Secreto do Fantástico. 

Só se falou nisso

O remake de Vale Tudo não passou ileso das críticas, mas uma coisa não se pode negar: foi a novela mais comentada do ano, para o bem ou para o mal. Virou assunto nas rodas de conversa e nas redes sociais, mesmo entre quem não acompanhava diariamente a trama. Das polêmicas nos bastidores, como o desentendimento que teria acontecido entre Cauã Reymond e Bella Campos, intérpretes de César e Maria de Fátima, até a famosa pergunta “quem matou Odete Roitman?”, a trama de Manuela Dias foi um dos assuntos mais comentados em 2025. 

Mocinha

Ela está sempre atrasada pro trabalho, tem que lidar com uma patroa abusiva, tem uma mãe doente e uma filha adolescente grávida. Gerluce (Sophie Charlotte) espelha a batalha de muitas mulheres da vida real, talvez por isso tenha conquistado o coração do público que acompanha Três Graças. O sucesso da personagem é tamanho que tem muita gente passando pano para o roubo da estátua arquitetado pela moça. Roubo não, expropriação.

*** Menção honrosa 

Em tempos de protagonistas que não baixam a cabeça diante das dificuldades e enfrentam os vilões de igual para igual, Madalena (Jéssica Ellen) foi o melhor exemplo dessa nova safra de mocinhas. A personagem ilustrava como ninguém o título da novela, Volta por Cima, afinal, não foram poucas as vezes que ela precisou se reinventar depois de perder tudo. E ainda distribuiu alguns tapas a quem merecia.

Vilã

Assim como ocorreu na primeira versão, em 1988, o remake de Vale Tudo mostrou que Odete Roitman (Debora Bloch) era capaz de tudo. Aliás, ao contrário da personagem encarnada por Beatriz Segall, a de 2025 era ainda pior, com direito a assassinatos no currículo. Entre uma chantagem aqui, uma armação ali e segredos obscuros guardados até da própria família, a matriarca dos Roitman também foi exaltada em alguns momentos. A vilã colecionou amantes bem mais jovens – e belíssimos – e algumas de suas frases viraram meme. “Meu bem, nós não temos lastro nem intimidade para uma ofensa desta monta.”

*** Menção honrosa

Três Graças também presenteou o público com uma vilã do jeito que o povo gosta – ou odeia. Arminda (Grazi Massafera) é venenosa, debochada, humilha os empregados e não poupa nem a própria mãe de sua crueldade. Mas, como uma verdadeira megera criada por Aguinaldo Silva, "dona cobra" tem a autoestima nas alturas, chama a si mesma de "gostosa" na frente do espelho e esbanja química com o amante Ferette (Murilo Benício). Seria ela parente de Nazaré Tedesco (Renata Sorrah)?

Casal

Foi um ano com muitos pares que nos fizeram suspirar. Mas, já na reta final de 2025, duas personagens “queimaram a largada”, sendo amadas pelo público antes mesmo da primeira cena juntas. Estou falando de Lorena (Alanis Guillen) e Juquinha (Gabriela Medvedovski), de Três Graças, que conquistaram fãs até fora do Brasil. Nas redes sociais, muita gente ressalta a importância de se retratar um casal homoafetivo sem censura e com uma história em construída. “Loquinha”, como o par é chamado, mostra que amor é amor, seja como for.

*** Menção honrosa 

Em Dona de Mim, Ryan (L7nnon) passou por maus bocados desde o início da trama. Depois de cumprir pena por tráfico, o grande desafio dele foi reconstruir sua família, e isso incluía a relação com Kami (Giovanna Lancellotti). Com uma história de erros, acertos, mas também de muito amor, o casal roubou a cena dos protagonistas e é o mais querido pelo público que acompanha a novela.

Cena marcante 

Essa é difícil, afinal, só em Vale Tudo tivemos sequências de tirar o fôlego, principalmente na reta final. Mas elejo aqui uma cena dolorida, forte, mas muito necessária que foi ao ar em Dona de Mim. Vítima de estupro, Kami volta pra casa destruída, tenta lavar sua dor com água e sabão, mas foi só com o apoio das pessoas que a amam que, aos poucos, conseguiu colar seus caquinhos. Giovanna Lancelotti brilhou e deu voz a tantas vítimas desse tipo de violência.

*** Menção honrosa

A vontade é de colocar aqui todas as cenas de Suely Franco na novela das sete. Mas, para destacar apenas uma, fico com o enterro de Abel (Tony Ramos), que mostrou Rosa em desespero pela perda do filho mais velho. Choramos junto com ela do lado de cá da telinha

Galã

Cauã Reymond, Pedro Novaes, Humberto Carrão e outros que me desculpem, mas Romulo Estrela é o galã do momento. Intérprete do policial Paulinho em Três Graças, ele encanta por seu romantismo e cuidado com a amada Gerluce. Fazia tempo que um mocinho de novela não deixava tantas fãs suspirando e desejando ter um detetive assim para chamar de seu.

Novelão

Aguinaldo Silva voltou à Globo com os dois pés na porta. Com Três Graças, traz ao público o bom e velho novelão, com diversos ingredientes que fazem da trama um sucesso. O elenco de primeira, personagens cativantes, casais “shippáveis” e muitos memes durante as cenas, tudo isso faz da trama das nove uma história digna do horário nobre. É popular, mas com toques de requinte; tem ação, suspense, drama e romance, tudo ao mesmo tempo; traz mocinhos e mocinhas reais, que cometem erros e até crimes, colocando na cabeça do público dilemas éticos que nos fazem pensar.

*** Menção honrosa

Ao som das canções dos anos 1950, Garota do Momento conquistou uma legião de fãs. A luta da mocinha Beatriz (Duda Santos) em busca da mãe, tendo que enfrentar o racismo e o machismo da época, deixou um legado de coragem e um final repleto de significados.