É sucesso
Skank, os garotos nacionais
Que jovem não sonhou em fazer um estúdio na casa dos pais como ponto de partida para
tentar a sorte no mundo da música? Foi desta maneira que o Skank, um dos maiores nomes do pop nacional, deu início à sua trajetória. Comemorando 21 anos do primeiro show e 20 do primeiro disco, os mineiros atacam em três frentes: em 2011, lançaram o DVD Ao Vivo no Mineirão (preço médio de R$ 33). Agora, resgatam músicas da primeira apresentação e do disco de estreia em um resultado que pode ser conferido no CD 91 (ao custo de cerca de R$ 30).
E ainda teve registrado em DVD o marcante show do Rock In Rio, em 2011 (pelo preço médio de R$ 35). Lá se vão 14 álbuns, entre CDs e DVDs, mais de 6 milhões de cópias
vendidas e participações em 11 das 17 edições do Planeta Atlântida no Rio Grande do Sul.
O Diário Gaúcho bateu um papo com os músicos Samuel Rosa e Haroldo Ferreti, por telefone, e conta a história do grupo mineiro!
Vamos começar!
- Em junho de 1991, Samuel (Rosa, vocal e guitarra) já tocava com Henrique Portugal (tecladista) e chamou eu e o Lelo Zaneti (baixista) para um show em São Paulo. Quando
voltamos para Belo Horizonte, olhamos um pro outro e falamos: "E aí? Vamos seguir?" -
relembra o baterista Haroldo.
A resposta foi sim, é claro, e o grupo decidiu nesta ocasião o seu nome: Skank, inspirado no hit Easy Skanking, de Bob Marley.
O estúdio continua lá
O disco 91, com 16 faixas de um reggae contagiante, é uma soma do primeiro show, em 1991, e de um ensaio daquela época, no estúdio instalado na casa dos pais de Haroldo, em Belo Horizonte. Parte das músicas deste ensaio virou o primeiro disco, lançado em 1992, de forma independente.
- Nosso estúdio ainda é no mesmo lugar, mas está maior, porque os meus pais não moram mais lá. Este primeiro show foi gravado em fita cassete. Era apertar "rec", "play" e correr para a bateria! - diverte-se Haroldo.
O segredo da união
Mais de 20 anos com a mesma formação não é uma façanha das mais simples para uma banda. Haroldo dá a receita do Skank:
- É amizade mesmo, funcionamos bem juntos. Temos um equilíbrio, fazemos uns oito shows por mês, não mais do que isto. Para subir no palco, tem que ser prazeroso. E isto
conta para manter a longevidade. Fora dos palcos, os parceiros também mostram afinidade.
Sócios do Planeta Atlântida
- Eu fiquei tão realizado quando tocamos pela primeira vez no Planeta, em 1997! Tocamos 11 vezes no festival. No último que fomos (em 2010), me dei conta de que, pelo menos, duas gerações nos assistiram. O Planeta, para mim, é um termômetro. O que está rolando de mais importante na música do país passa por lá. E o povo gaúcho que nos espere, pois faremos show em Santa Cruz do Sul no dia 19 de outubro - anuncia Samuel.
Números e curiosidades
● O show de estreia da banda teve somente 37 pagantes.
● 18 discos lançados, entre CDs e DVDs, e mais de 6 milhões de cópias vendidas.
● Os discos da banda ganharam edições nos Estados Unidos, na Itália, no Japão e na França.
● Garota Nacional liderou a parada espanhola (em sua versão original, em português) por três meses.
● O grupo participou, ainda, do disco Allez! Ola! Olé!, CD oficial da Copa do Mundo de 1998.
● O disco Estandarte foi indicado ao Grammy Latino 2009, na categoria Melhor Álbum Pop Contemporâneo Brasileiro.