No final de semana dedicado às mães, apresentamos algumas famosas que vão na contramão da maioria das brasileiras. Enquanto a taxa de fecundidade no Brasil, segundo o IBGE, não chega a dois filhos por mulher, elas têm três ou até mais rebentos, e desdobram-se para serem bem-sucedidas como mães e como profissionais. Conheça algumas destas supermulheres, e um feliz Dia das Mães a todas!

Vanessa da Mata, que faz show na Capital no dia 19, é mãe de três filhos adotivos, os irmãos Filipe, Micael e Bianca, com idades entre sete e 11 anos.

- Meus filhos entendem muito meu universo. Como vieram para mim já com uma maturidade, eles compreendem de uma maneira mais profunda as coisas que eu digo. Não existe birrinha, como outras crianças fariam - afirmou a cantora de 37 anos, recentemente, em entrevista para a revista Gol.

Casada com o ator Gero Pestalozzi, ela relata que, desde criança, queria adotar:

- A adoção é um ato lindo. É quase surreal perceber que filhos biológicos têm atitudes completamente diferentes dos pais, e filhos adotivos têm total semelhança com os pais adotivos. É tudo uma questão de educação, limites e amor.

Uma escadinha

As fotos ao lado, ambos cliques do final do mês passado, dão a ideia da escadinha da atriz Cláudia Abreu, 42 anos. São quatro filhos com o cineasta José Henrique Fonseca: Maria, 12 anos, Felipa, cinco anos, José Joaquim, dois anos, e Pedro Henrique, um ano.

Pela prole, Cláudia abriu mão de alguns trabalhos, como a Giovana, de Louco Por Elas, que acabou sendo interpretada por Deborah Secco. Tempos depois, ela recebeu o convite para viver a Chayene, de Cheias de Charme (2012), e topou, para a alegria dos telespectadores:

- Chayene chegou quando o meu filho (Pedro Henrique) era pequenininho, e os outros ainda precisavam muito de mim. Eu poderia não fazer, mas, depois, quando fosse trabalhar, poderia não ser uma personagem tão bacana como esta.

Cláudia costuma brincar ao dizer que, na última década, praticamente, só pariu.

- São quatro filhos, né? E gosto de ser mãe de verdade, dar mamadeira, levar e buscar no colégio. Tenho um esquemão em casa, mas estou sempre presente - comenta ela, que garante ter fechado a fábrica.

Maravilha de bônus

Mãe dos trigêmeos Vinícius, Laura e Beatriz, 15 anos, Fátima Bernardes, 50 anos, já foi até apontada em pesquisas como o exemplo perfeito de mãe e profissional.

Ela própria já se definiu como uma equilibrista, tentando conciliar todas os seus papéis da melhor forma possível. E admite fraquezas:

- Já tive vários momentos em que pensei em largar tudo, porque, quando você acha que vai melhorar porque eles estão crescendo, eles te solicitam mais.

Após sair da bancada do Jornal Nacional e assumir o Encontro, em junho do ano passado, Fátima comemora o maior tempo com os filhos.

- Agora, acordo às 6h10min e tomo café com eles, que também jantam comigo, assistem ao Jornal Nacional e à novela. Foi um bônus que eu ganhei com o programa. Agora, estou com meus filhos todos os dias - afirma.

Casa cheia é tudo de bom!

Ela encanta o Brasil como a delegada Helô, de Salve Jorge, e, em casa, comanda uma família pra lá de animada. Aos 37 anos, Giovanna Antonelli é mãe de Pietro, oito anos, do seu casamento com Murilo Benício, e das gêmeas Antonia e Sofia, dois anos, da atual união, com o diretor de novelas Leonardo Nogueira.

A bela conta que adora ter a casa cheia e que quer decidir, nos próximos anos, se terá mais filhos. Em entrevista à revista Contigo! desta semana, a atriz contou como é conciliar as gravações da trama das nove com os cuidados com os filhos:

- Agora, por causa da novela, estou um pouco mais ausente, mas tento pôr para dormir, vejo dever de casa e ainda janto com o meu marido. Nunca durmo antes das 2h. E acordo às 10h para levá-los à escola.

Quarteto fantástico

É linda de se ver a família de Gloria Pires, 49 anos. São quatro filhos, Cleo Pires, 30 anos, do casamento com Fábio Jr., e Antonia Morais, 20 anos, Ana, 13, e Bento, oito, da relação com Orlando Morais.

O número de filhos, ela conta que era um sonho desde o nascimento de Cleo. Uma das grandes atrizes brasileiras, Gloria conciliou como poucas trabalho e família.

Mesmo entre 2008 e 2011, quando afastou-se da tevê e foi morar na França com a prole, trabalhou no cinema, em filmes como o sucesso Se Eu Fosse Você 2. A atriz admite que chegou a cogitar parar e viver só para a família, mas a arte falou mais alto:

- Em alguns momentos, pensei, sim. Mas o dia a dia me mostrava que isto seria impossível. Não dá para você descartar uma parte sua. É o seu trabalho.

Possível de conciliar

Ser bem-sucedida profissionalmente e ter três ou mais filhos é tarefa complicada, mas não impossível. Segundo a psicoterapeuta de casal e família e colunista do Diário Gaúcho Andréa Alves, o importante é ter organização e aprender a delegar tarefas, incluindo, se possível, o pai nos cuidados com as crianças. E, quando se estiver com elas, dedicar-se completamente, sem deixar o trabalho atrapalhar.

- A cobrança e a culpa sempre existirão, e haverá momentos em que terá de se abrir mão de estar com os filhos por conta dos compromissos. Por isso, é importante explicar a situação para as crianças desde cedo, para que aprendam a lidar com esta realidade - aconselha a especialista.

O papel principal

São três meninos e três meninas. Três filhos biológicos e três adotivos, de diferentes etnias. A família da atriz norte-americana Angelina Jolie, 37 anos, é linda e multicultural.

Maddox, 11 anos, e Pax, oito anos, são vietnamitas. Zahara, sete anos, é etíope. Também há os filhos biológicos, seus com o ator Brad Pitt: Shiloh, seis anos, e os gêmeos Knox e Vivienne, quatro anos.

Para conciliar família e trabalho, a estrela conta com diversos funcionários e tem um hábito. Para onde Angelina e Brad vão a trabalho, lá vai a família inteira. Com isso, a trupe já morou temporariamente em locais como New Orleans, nos Estados Unidos, na França, na República Tcheca e na Itália.

Com filmes de sucesso e um Oscar em seu currículo, Angelina sempre diz que seu papel mais importante é o de mãe.

Com o freio de mão puxado

Na contramão das famosas com as suas proles, a mulherada brasileira tem puxado o freio de mão na hora de aumentar a família. Segundo o Censo de 2010 do IBGE, o Brasil apresenta declínio de fecundidade.

O estudo mostra que as mulheres brasileiras tiveram, em média, menos filhos - 1,86 por mulher. No Censo anterior, de 2000, este número era de 2,38. De acordo com a pesquisa, o declínio dos níveis de fecundidade ocorreu em todas as grandes regiões brasileiras.