A 23 dias da Copa do Mundo, o espírito do Mundial ainda contagia de forma tímida as lojas da Capital. São poucos os estabelecimentos do Centro que já entraram no clima da festa, com decorações temáticas nas vitrines. Além disso, não há uma grande oferta de itens temáticos à venda.

Na Rua Pinto Bandeira, tradicional ponto de lojas de aviamentos e materiais para bijuterias no Centro, algumas lojas começaram a aderir à onda verde e amarela.

Na Central de Aviamentos, a vitrine está tomada pelas cores da Seleção. Mas a animação fica só na decoração. Segundo o gerente Leonardo Librelotto, 30 anos, a loja não investiu em produtos para o Mundial.
 
- As vendas estão até boas, mas não vale a pena aplicar muito dinheiro em eventos sazonais - explicou Leonardo.

O gerente afirma que a maior procura é por fitas verdes e amarelas, de cetim e gorgorão, para fazer entornos de bandeiras.

- As cores do Brasil vendem mais nessa época, mas o que já tínhamos em estoque vai dar para suprir a demanda - concluiu Leonardo.

O comerciante Leandro Silveira, 59 anos, comprou bandeiras pequenas do Brasil para colocar em roupas. Cada pacote com dez unidades custa R$ 1,50.

-  Vamos vender mil camisetas para uma empresa e precisamos colocar uma bandeira em cada uma - disse.

Enfeites estimulam consumo

Já na loja de artesanato e aviamentos Mundo do Artesanato, as vendas de produtos da Copa vão muito bem. A gerente Katiane Kila, 34 anos, disse que o estoque começou a ser abastecido em janeiro. De lá pra cá, o consumo vem aumentado gradativamente.

- Já fizemos quatro pedidos desde o começo do ano, mas alguns produtos não chegam mais porque estão esgotados. Todos os dias temos que repor as mercadorias - contou Katiane.

Na entrada da loja foi montada uma mesa com vários produtos temáticos: corneta, apito, peruca, toca de lã, cachepô e vuvuzela. O campeão de vendas, segundo a gerente, são as mantas do Brasil, que custam R$ 2,80. O servidor público Cristiano de Oliveira Flores, 41 anos, comprou uma bandeira do Brasil por R$ 19,40 para decorar a sua casa, que vai receber a família nos dias dos jogos.

- Hoje vou levar só isso, mas pretendo comprar mais acessórios, como cornetas e apitos, para animar a nossa festa - disse Cristiano.

A presidente do Instituto do CDL Porto Alegre, Fabiana Estrela, afirma que a decoração nas lojas é a principal comunicação do estabelecimento com o público alvo. O impacto visual, segundo ela, estimula o consumo.

- O CDL orienta os comerciantes a investirem na comunicação visual. No caso da Copa, as vitrines decoradas ajudam o cliente a entrar no clima do evento, motivando as vendas - afirma.

Vendas de bandeiras em alta em Canoas

Na fábrica Casa das Bandeiras, em Canoas, é comemorado o aumento de cerca de 70% nas vendas. O cliente pode comprar o produto, que é feito em poliéster ou nylon, na loja física ou virtual. A bandeira mais vendida é a do Brasil de tamanho médio (90cm de altura por 1,30cm de largura), que sai por R$ 50.

- Tivemos que abrir a loja aos sábados para dar conta de atender aos clientes. Não temos bandeiras do Brasil em estoque e, por isso, temos que pedir dez dias de prazo para a entrega, fato que nunca fizemos antes - contou a gerente Daiane de Bitencourt.

Entre no clima:
- Fita de cetim (10m): R$ 1,20 a R$ 4,50
- Bandeira pequena para roupas (pacote com 10): R$ 1,50
- Manta: R$ 2,80
- Bandeira: R$ 8,90
- Bandeira (tipo colete): R$ 19,40
- Chapéu de papel: R$ 2,80
- Apito: R$ 2,50
- Mão de plástico para decoração: R$ 12,60
- Touca de lã: R$ 13,50
- Proteção de retrovisor: R$ 9,20
- Ventosa de camiseta: R$ 1,60
- Bola de papel para decoração: R$ 5,50
- Corrente decorativa (3m): R$ 9
- Tricoline (metro): R$ 12
- Vuvuzela: R$ 7,50 a R$ 15,90
- Reco-reco: R$ 2,50
- Buzina: R$ 2,50
- Cachepô: R$ 1
- Corneta: R$ 2,50
- Peruca: R$ 14
- Óculos de plástico: R$ 1,20

* Preços em lojas do Centro da Capital