Paixão Tricolor
Coluna do Cacalo: Alma castelhana comove o mundo
Os uruguaios desfilaram em campo alguns craques verdadeiros, não só pelo futebol jogado, mas também por colocarem o coração na ponta da chuteira


Sinto-me honrado em ser vizinho de um país que mostrou a garra futebolística como fez ontem a Seleção Uruguaia. Revimos a famosa e nossa conhecida, aqui no Sul, alma castelhana, dando uma forte demonstração de amor à camisa, de técnica de futebol e de imensa vontade de vencer.
A par disso, os uruguaios desfilaram em campo alguns craques verdadeiros, não só pelo futebol jogado, mas também por colocarem o coração na ponta da chuteira. Não vou destacar individualmente nenhum jogador, além de Luis Suárez, espetacular centroavante, porque todos os demais foram ótimos e mereceram a grande vitória.
Cada um de nós que aprecia futebol tem suas ideias sobre esse esporte e deveria fazer uma reflexão depois de um jogo como esse. Não consigo imaginar como alguém pode admitir um time de futebol competitivo, apto para ser vencedor, sem que tenha um extraordinário centroavante. E esta Copa está mostrando isso.
Amor à camisa
A equipe tem 11, mas se dez trabalharem a contento para o centroavante, podem abraçá-lo, porque é o jogador mais importante e decisivo do futebol. E Luisito Suárez tornou-se o grande nome desta Copa até aqui. Vem de lesão, de cirurgia, algum tempo parado, sem ritmo de jogo e, cansado, fez um golaço histórico e emocionante que comoveu o mundo.
Viva o centroavante, viva a alma castelhana, viva o amor à camisa. Abaixo o toque-toque improdutivo, porque verdadeiramente bonito é o que se viu ontem em São Paulo, mostrado pelo Uruguai. Parabéns multiplicado aos ilustres vizinhos uruguaios e que sirvam de exemplo para os que não creem na raça, na garra e na força de vontade como elementos decisivos numa competição.