Paixão Colorada
Coluna do Kenny: Chile e Brasil
Que Garrincha e Vavá inspirem nossos jogadores para que sejam tão brilhantes quanto eles foram na queda de braço com o Chile em 1962
Em 1962, quando o sétimo campeonato mundial de futebol foi disputado no Chile, eu tinha apenas 18 anos incompletos e já trabalhava numa redação de jornal. Mais precisamente, em A Plateia, de Santana do Livramento, interessado, sobretudo, nas reformas de base propostas pelo governo do presidente João Goulart do que na bola da Copa. Mas como eu poderia ficar indiferente a uma seleção que utilizava craques singulares se transformasse no astro principal da seleção brasileira e do mundial, como Djalma Santos, Nilton Santos e Garrincha? Excluo de propósito o nome de Pelé, porque ele se contundiu no jogo em que empatamos com a Tchecoslováquia em 0 a 0,o segundo nosso na Copa, deixando o palco desocupado para que Garrincha se transformasse no astro principal da seleção brasileira e do mundial.
Garrincha e Vavá
Mas, à margem das discussões acirradas com os reacionários da minha cidade, que não escondiam sua aversão ao governo reformista de Jango, acompanhei o mundial do Chile com a paixão do adolescente que vestia a camiseta dos aspirantes do Grêmio Santanense, o colorado de Livramento. E, na semifinais, tive a alegria de ouvir a narração do jogo em que o Brasil venceu o Chile por 4 a 2,no Estádio Nacional de Santiago, com gols de Garrincha e Vavá. Depois o Brasil foi campeão, ganhando da Tchecoslováquia, na final, por 3 a 1. Mas o jogo contra o Chile foi, para mimo mais importante por tratar-se do dono da casa. E, neste sábado, será que o dono da casa vai ganhar ou perder? Que Garrincha e Vavá inspirem nossos jogadores para que sejam tão brilhantes quanto eles foram na queda de braço com o Chile em 1962.