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O Povo da Copa

Freis capuchinhos torceram, mas nem com reza o Brasil venceu

Na Paróquia São Judas Tadeu, na Vila João Pessoa, ao religiosos acompanharam todos os lances da Família Scolari

18/06/2014 - 09h01min

Atualizada em: 18/06/2014 - 09h01min


Mateus Bruxel
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As súplicas dos oito freis capuchinhos que se reuniram ontem na paróquia São Judas Tadeu, na Vila João Pessoa, em Porto Alegre, não conseguiram tirar a Seleção do empate com os mexicanos. O encontro dos padres apaixonados por futebol começou animado e pretendia celebrar a confirmação do time de Felipão na próxima fase, mas acabou em figas, unhas roídas e lamentações pelos gols perdidos.

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-Esta partida teve sabor de derrota - desabafou Frei Roberson Chiarentin, 28 anos, da Casa Fonte Colombo, ao final do jogo.

-Que é isso! O empate foi um consolo na situação que ocorreu - resumiu o experiente frei Aquiles Chiapin, 81 anos, capelão do Hospital de Cardiologia.

Festa de São João
Recebidos pelos freis Irineu Costella, 64 anos, e Juan Miguel Gutierres, 31 anos, os demais padres chegaram entusiasmados para torcer pela Família Scolari. Era a casa de São Judas Tadeu, mas a homenagem foi para São João, com muito pinhão, pipoca, amendoim e quentão. Usando uma touca nas cores do Brasil, frei Juan, natural da República Dominicana, demonstrava amor pela terra onde vive há três anos.

-Não temos futebol no meu país, mas adoro o esporte. Por isso, torço muito pelo Brasil. A Copa do Mundo é um momento único e emocionante, onde todas as culturas são mostradas - justificou, afirmando que aqui escolheu o Grêmio.

"Continuamos confiantes"
Depois dos primeiros gols perdidos, a fé dos capuchinhos numa vitória permanecia intacta durante o intervalo. Tanto que houve tempo para bater uma bolinha no pátio da paróquia. Mas bastou começar o segundo tempo para o clima de tensão tomar conta da sala onde eles estavam reunidos.

Perto dos 35 minutos, com as mãos em prece e falando com o castelhano ainda mais forte, frei Juan pediu em voz alta pelo santo da paróquia:

-São Judas, por favor, nos ajuda!

Não adiantaram também a torcida do frei Flávio Amorim, 37 anos, as figas do frei Adani Guerra, 25 anos, de Canoas, e os suspiros do frei Gabriel Cavalli, 29 anos, a cada gol perdido pelos brasileiros. Nem a tentativa de frei Luiz Carlos Susin, 64 anos, de acalmar o grupo. O Brasil saiu de campo no 0 a 0 e deixou a decisão da vaga para o jogo contra Camarões.

-Fica tudo para a última partida, mas continuamos confiantes - garantiu frei Susin.


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