O rosto pintado de preto, vermelho e amarelo destacava a estudante de agronegócios alemã Susanne Knoll, 27 anos, entre os milhares de torcedores e admiradores da Alemanha que se reuniram no Largo Glênio Peres, no Centro de Porto Alegre, ontem. Vibrando por ver a seleção de seu país jogando na capital gaúcha, Susanne atendeu a todos os pedidos de fotos, de crianças a adultos.

Entre uma cerveja e outra, contou ter comprado os ingressos para a partida apostando na classificação da seleção do craque Thomas Müller em primeiro lugar da chave.

- Estamos com um grande time. Viemos para ganhar esta Copa - garantiu a estudante, cinco horas antes do início do duelo com a Argélia.

Clima bom para goleada
Cursando doutorado em agronegócios, na Ufrgs, Susanne reside há dois anos em Porto Alegre. Em 2015, ela morará na China por questões de trabalho. Mas promete voltar a viver no Sul em 2016. Gosta da cidade e das pessoas. Até o frio lhe agrada.

-Hoje (ontem), o clima está bom para o jogo. Estamos acostumados com o frio. Ruim para os jogadores seria se estivesse muito calor. Com este clima, podemos ganhar de 4 a 0 - disse, em português perfeito (e mal sabendo que o jogo seria tão difícil como foi).

Até subiu no carro de som
Ontem, quando a massa de torcedores iniciou a ida rumo ao estádio, Susanne pegou uma bandeira do país e, com um dos quatro amigos que lhe acompanharam, tomou a frente do carro de som. Pulava, cantava em alemão e acenava para quem estivesse na calçada.

De tanta animação, logo após a passagem pelo Viaduto Otávio Rocha, a estudante foi surpreendida por um convite: subir no carro que comandava o ritmo da caminhada. Algo até então incomum nas caminhadas orquestradas no Caminho do Gol da Capital. Imediatamente, ela aceitou o desafio.

Em cima do carro, Susanne empunhou a bandeira e fez a torcida vibrar. A festa foi ainda maior. Confiante de que a Alemanha chegará à final, a estudante até já comprou os ingressos para o jogo decisivo no Maracanã.

-Mas só vou à final se a Alemanha chegar lá - confessou.