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VÍDEO: "Estou feliz de estar no Grêmio", afirma Miralles

Um ano após ser contratado pelo Tricolor, Miralles fala com o Diário Gaúcho sobre os projetos para o futuro

01/06/2012 - 06h48min

Atualizada em: 01/06/2012 - 06h48min


Miralles fala com exclusividade para o DG

Ezequiel Miralles completou, ontem, um ano como jogador do Grêmio. Apresentado no Olímpico no dia 31 de maio de 2011, ao lado do também contratado Marquinhos, o atacante sequer lembrava o aniversário. Afinal, divide sua passagem no Tricolor em dois momentos completamente opostos.

O sorriso de alívio no rosto só comprovou que o atleta, hoje, está mais tranquilo no clube do que jamais esteve. Sem gravidade na lesão sofrida na partida contra o Palmeiras - até mesmo correu no gramado suplementar no treino realizado à tarde - e com três jogos seguidos em campo, o argentino só mudou o semblante ao lembrar dos momentos que precederam a era Luxa.

- Não quero lembrar o que aconteceu no ano passado, para mim não é bom.

Mágoa do que passou? Sim! Esperança de deixar tudo para trás e ter uma comemoração melhor de dois anos no Grêmio? Sim!

Diário Gaúcho - Você chegou ao Olímpico há um ano, foi apresentado e já ganhou status de ídolo. Qual era sua expectativa?

Miralles - Era muito grande e as coisas não se encaminharam bem. Mudanças de treinador, de diretoria, muitas coisas ajudaram para que meu começo tenha sido difícil. Só agora, um ano depois, as coisas estão se encaixando. Minha situação mudou, estou feliz de estar no Grêmio.

DG - Você passou por cinco técnicos diferentes neste um ano no Grêmio (Renato Portaluppi, Julinho Camargo, Celso Roth, Caio Junior e Vanderlei Luxemburgo). Isso dificultou sua sequência?

Miralles - Sempre acho que, quando trocam de treinador, tem jogador prejudicado e jogador beneficiado. Tive uma desilusão muito grande no primeiro semestre aqui, então quando um jogador não tem a cabeça focada, é muito difícil que renda. Isso aconteceu comigo.

DG - Mas o que provocou seu descontentamento?

Miralles - Pensei que chegaria e teria sequência de jogo, mas aconteceram algumas coisas e terminei jogando muito pouco. Para mim, foi complicado. Sou muito ansioso. Isso me prejudicou. Somado a tudo que se falou, muita mentira...

DG - Falaram que você não dava 100% nos treinos. Isso foi uma das mentiras?

Miralles - Não quero lembrar o que aconteceu. Por sorte já está esquecido, voltei a jogar, fiz gol, entrei bem, estou ajudando o time. Comecei três partidas depois de um ano, estou muito tranquilo para trabalhar. O ambiente que tem agora no vestiário é muito bom, no ano passado também, mas havia coisas com as quais eu não concordava.

DG - A chegada do Luxemburgo foi um ponto de virada?

Miralles - Sim, quando o Luxemburgo chegou eu tive uma conversa e disse que não estava feliz, queria sair. Falei com ele e com a diretoria, consegui outro time. Depois aconteceu a lesão do Kleber, fiquei na minha casa, me tranquilizei um pouco e voltei, falei com o Luxemburgo que ia tentar focar aqui.

DG - No Grêmio, você teve um momento emblemático para a torcida, que foi o gol contra o Flamengo...

Miralles - Sim, ficou marcado, estava esperando muito por esse momento, um gol lindo, importante. Falaram muito durante a semana sobre o jogo contra o Flamengo, contra o Ronaldinho. Lembro bem que estava no banco e via um ambiente diferente, muita tensão em campo, e, para piorar, começamos perdendo por 2 a 0. Depois viramos o jogo.

DG - Hoje, você se sente pressionado para fazer um gol, para mostrar que tem condição de ser titular?

Miralles - Aprendi aqui que quando você está em um clube importante sempre terá três, quatro atacantes com condições de serem titulares, então tem que estar preparado. Meu treinador e meus companheiros sabem que posso jogar, ajudar o time. Agora é seguir jogando, focar na Copa do Brasil, fazer o melhor para tentar conseguir a vaga na final.

DG - O foco então é na Copa do Brasil?

Miralles - Sim, porque é o caminho mais perto para classificar para a Libertadores. É o que o Grêmio quer, é o que nós queremos. Tentaremos conquistar a Copa do Brasil, mais ainda porque faz tempo que o Grêmio não conquista esse título.

DG - O que mudou do primeiro dia que chegou ao Olímpico, 31 de maio de 2011, para hoje, 31 de maio de 2012?

Miralles - Meu jeito de ser não mudou nada. Tento estar preparado. Aos poucos, as coisas estão começando a melhorar, tenho que brigar pela posição.

 


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