Fazia muito tempo que eu não assistia um técnico vencer um jogo tão importante como foi no Gre-Nal de ontem. Abel Braga foi o grande vencedor. Primeiro, quando, contrariando a todos, escolheu o retorno de Rafael Moura, em detrimento de Wellington Paulista. O centroavante escolhido decidiu o clássico. Depois, quando o Grêmio foi melhor na primeira etapa e mereceu o resultado positivo, o Inter voltou diferente para o segundo tempo.

Abel avançou Aránguiz, alterando radicalmente sua função, mandou D'Alessandro para o lado direito, onde não teve marcação e colocou Alan Patrick no lugar de Jorge Henrique. Alan, além de preencher o lado esquerdo, puxou os ataques colorados, sem que os gremistas soubessem quem deveria marcá-lo.

Justiça

Os volantes tricolores, principalmente Edinho, que tinha feito um primeiro tempo primoroso marcando D'Alessandro, perderam-se completamente na etapa final. Isso em face da movimentação constante dos jogadores colorados. Em suma, pelo que produziu após o intervalo, o Inter foi amplamente merecedor da vitória, que poderia ter sido por um placar mais dilatado.

E mesmo que eu sinta alguma dor em dizer isso, precisava afirmar, por uma questão de justiça. Também é necessário cumprimentar os colorados pela  grande vitória. Não há o que discutir nem o que reclamar, o Inter venceu porque foi melhor na segunda etapa, muito melhor do que o Grêmio havia sido na primeira. Mas, o grande mérito, o grande responsável foi o técnico Abel Braga, pelas alterações táticas e de escalação que fez, mudando inteiramente o desenvolvimento da partida. Parabéns, Inter.