O programa Sala de Redação de ontem promoveu uma enquete sobre quem deveria ser o substituto de Luan, no entendimento do ouvinte e torcedor, presumivelmente gremista. Surpreendentemente, o resultado foi amplamente favorável ao meio-campista uruguaio Máxi Rodrigues, superando os outros candidatos e já conhecidos de todos.

Penso que a questão deve começar pelo esquema de jogo que o técnico pretende adotar. Com qualquer um dos cotados, salvo o menino Éverton, haverá necessariamente uma mudança tática na forma de o time jogar, seja Alán Ruiz, Zé Roberto, Jean Deretti ou o próprio Máxi Rodrigues, o preferido na enquete. Com Éverton, porém, pode ser mantido o esquema de jogo, sem mexer em nenhum atleta, especialmente Dudu, pela função que vem desempenhando.

Correr risco

De minha parte, reitero o que escrevi e falei no Sala de ontem. Ou seja, que por muitas razões, inclusive a juventude e o fato de ser prata da casa, deveria jogar o jovem Éverton. É um risco, sei disso, mas futebol também se faz com riscos, o que não quer dizer que daria certo.

Reconheço, por fim, que o técnico Enderson Moreira é a pessoa mais capacitada para essa decisão, o que não nos impede de opinar, mesmo à distância. Renovo a minha ideia de que é preciso vencer, mas com equipe equilibrada, sem ter a necessidade de se jogar para a frente. Calma que a qualidade de alguns, a garra de outros e a força da camisa, além de um bom trabalho coletivo, podem levar à vitória.