Grêmio



Paixão Tricolor

Coluna do Pi: Orgulho na derrota

Leia a íntegra da coluna do Diário Gaúcho

15/04/2014 - 08h01min

Atualizada em: 15/04/2014 - 08h01min


Edinho disputa a bola com Aránguiz durante o Gre-Nal

Nunca gostei da camisa do time derrotado desfilando pelas ruas no dia seguinte ao da partida. Gosto da intenção e orgulho estampado naquele que desfila ostentando com uma certa empafia as cores do seu clube. Não existe momento melhor e mais grandioso que o pós vitória e, pricipalmente, sendo esta a de um título.

Quando existe esse vestir de camisa, mora ali uma nítida sensação de que o mesmo não só foi parte do desenrolar do jogo, como merecedor de olhares e parabenizações de todos que por ele cruzam. É uma honra absoluta ostentar o manto da vitória!

Com essa crença enraizada em mim, fui tomado de surpresa ontem à tarde quando meu filho Ian, de 11 anos, foi jogar bola na pracinha. Quando entrou no quarto, pensei que trocaria o uniforme da escola por qualquer outra camisa que não fosse a do Grêmio. No entanto, para minha surpresa, veio vestido sorridente pronto para o futebol com a tricolor cobrindo seu corpo.

Um duplo sentimento tomou conta de mim. Repreendo baseado no que acredito, ou reconheço e valorizo seu gesto como um desprendimento absoluto de regras e padrões que eu estabeleci pra mim? Num rápido instante refiz meu pensamento, e consegui ali ser contagiado pela velha e boa inocência infantil. Que alívio e orgulho! Vivendo e aprendendo!

Nem sempre a vitória te ergue, assim como nem sempre a derrota te derruba. O que nos move, definitivamente, é o quanto acreditamos naquilo que nos move e faz bem. E nesse caso, foi a alegria da vida maior que a tristeza de uma derrota.


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