Paixão Tricolor
Coluna do Pi: Feriado de lágrimas

Passei a quinta-feira inteira chorando. Acontecia um tempo de recuperação e lá vinha de novo o choro. O feriado todo foi assim. Mas fazer o quê? Exatamente nesse 1º de maio completamos 20 anos da morte de Ayrton Senna.
Sei que muitos imaginaram meu lamento e lágrimas pela desclassificação do Grêmio. Mas, na verdade, essa emoção foi realmente das lembranças que eram retomadas a cada matéria a que assistia na tevê, no festival de especiais produzidos para relembrar a data.
Que monstro! Que ser humano acima da média! Um dos maiores e melhores profissionais deste país ironicamente nos deixou no dia em que se comemora e homenageia o dia do trabalhador.
Senna era preciso, metódico, confiante, determinado, persistente, indignado, habilidoso, perfeccionista e só aceitava uma situação: a vitória.
Ritual da vitória
Não chega a ser raro entre nós essa vontade que queiramos vencer sempre. Mas raro é aquele que consegue. A maneira como transformava dentro de si mesmo as coisas negativas em positivas, somando com suas virtudes, resultavam em tudo que acabamos vendo e vivendo com ele.
Somos todos um pouco de Senna. Mas ele foi e é maior e melhor porque é um pouco de cada um dos brasileiros.
Esse é Ayrton Senna do Brasil, o homem que conseguiu fazer o domingo pela manhã ser além do sono, do chimarrão e do galpão crioulo. Um monstro! Um ser humano acima da média!