Fui pego de surpresa na tarde de terça-feira quando um repórter do jornal primo-irmão rico deste no qual escrevo me pedia a convocação que faria se fosse o treinador da Seleção Brasileira.

Num primeiro momento, me empolguei pela lembrança e pelo convite para participar. Logo depois, quando já normalizado meu pensamento, comecei a ficar numa angústia porque nunca tinha deparado com essa condição de forma tão real.

Mesmo sabendo que não passava de uma brincadeira, a primeira ideia que veio na minha cabeça foi no quanto eu deveria ser justo com os melhores. Mas já nesse instante perguntei para mim mesmo o quanto e como julgaria os melhores.

Damião

Outro questionamento rápido que veio foi de imaginar que minha avaliação teria várias discórdias de outras pessoas. E isso só já bastou pra que começasse meu nervosismo. Sabia da impossibilidade de agradar e cair na aprovação de todos.

Mas, enfim, numa pequena experiência dessas devo ter sentido na pele talvez 1% do que vive um profissional. Não é pouco!

Tenho cada vez mais convicção de que não existe dinheiro capaz de pagar essa responsabilidade e cobrança. Como é bom e saudável o exercício da empatia. Ah! Eu convocaria o Damiao!