Tem vezes que fica difícil escrever qualquer coisa sobre nosso time ou de futebol de uma forma geral. Outras, também por circunstâncias tão peculiares, deixam a gente sem palavras.

Duas aconteceram neste final de semana. Uma foi o título espanhol conquistado pelo Atletico de Madri, em pleno Camp Nou, com um empate em 1 a 1 com o Barcelona. A outra foi a atuação de Marcelo Grohe na vitória do Grêmio diante do Fluminense. Foram, pelo menos, três defesas espetaculares. Uma delas encheu os olhos de todos e, é claro, dos torcedores gremistas.

Na cabeçada de Fred à queima-roupa, em direção ao chão, no canto direito do goleiro, quando a bola ainda faria um pique até a chegada no gol, todos na Arena já antecipavam que aconteceria o gol do Fluminense.

Defesa histórica

No entando, lembrando a defesa de Gordon Banks na Copa de 70, numa cabeçada de Pelé, Grohe fez um movimento impressionante de reflexo e técnica, impedindo o gol e colocando a bola num destino semelhante àquele da Copa. A Arena inteira ficou incrédula.

Ter visto aquela jogada ao vivo foi um privilégio. A Arena e o Grêmio acabam de ter o primeiro motivo para uma placa de homenagem. Se existe gol de placa, existe defesa
também. E essa foi, disparada, a mais bela dos últimos tempos. E não estou exagerando.

No restante, a vitória deixa nosso Grêmio numa posição ainda melhor. Um bom primeiro tempo, e um segundo nem tanto assim. Mas, no final, ficam os três pontos.