Fiquei estarrecido com a punição aplicada ao uruguaio Suárez. Não pretendo ser rebelde nem contestador. Apenas entendo que, se ocorre um fato grave, e isso reconheço, praticado por Suárez, se impõe uma punição. O autoritarismo, a falta de critérios e as decisões políticas, muitas vezes eivadas de vícios que somente vem a ser descobertos muitos anos após, estão manchando a história do futebol.

Não preciso me referir à corrupção historicamente ocorrida na Fifa e que é de conhecimento público, tanto que muitos dirigentes da entidade sumiram, foram condenados pela Justiça e alguns foram até para o exílio. Não é a primeira vez que a entidade adota posicionamentos exclusivamente subjetivos, sem nenhum tipo de critério, em salas fechadas, na calada da noite, de acordo com interesses muitas vezes escusos. E todas essas decisões são autoritárias sem direito à defesa justa e sem julgamento público.
 
Justiça
Perdoem-me, mas a cotovelada que Neymar desferiu no atleta da Croácia, e as entradas de dois jogadores franceses em seus adversários na última partida foram infinitamente mais violentas que a tal mordida de Suarez.

Pergunto: se o árbitro tivesse visto os lances, Suárez teria sido expulso e cumpriria somente a suspensão automática? E as cotoveladas antes referidas mereciam somente cartão amarelo? O que estou pregando é transparência e publicidade nas formas de decidir e que os critérios, que hoje inexistem, passem a ser iguais para todos. Acima de tudo, justiça!