Paixão Tricolor
Coluna do Cacalo: Enderson era convicção da direção do Grêmio
Leia a íntegra da Coluna do Cacalo no Diário Gaúcho
Reconheço que a direção gremista vive um momento de dificuldade em face da saída do técnico Enderson Moreira. Primeiro, porque sempre entendi que a vinda desse profissional era uma convicção dos dirigentes, na medida em que seu estilo de trabalho agradava a todos dentro do clube. Especialmente no departamento de futebol, mesmo que, eventual e particularmente, eu pudesse divergir de tal convicção. Mas era quase que uma unanimidade interna.
Imagino que todos devam ter se surpreendido com o pedido de demissão, tal qual como foi divulgado. Por isso, dentro desse perfil de convicção, a direção deve estar procurando alguém com perfil semelhante, caso contrário não teria havido a escolha por esse tipo de trabalho. No entanto, no futebol, o que é verdade hoje, deixa de ser amanhã.
Faltou tempo
Quando foi contratado, entendi que Enderson havia feito um grande trabalho no Goiás e externei minha dúvida sobre ele estar pronto e apto para ser treinador do Grêmio. Confesso que, até hoje, apesar da falta de conquistas e derrotas duras, não tenho opinião formada, pois trata-se de um trabalho de pouco tempo. As ideias parecem ser boas e precisavam de desenvolvimento.
Mas não quero crer que foi somente a derrota de domingo a causa da queda do técnico. Há outras razões, inclusive, ouso dizer que o elenco não satisfez as expectativas, mesmo havendo muito bons jogadores. Digo mais: houve superposição de jogadores para determinadas funções e carência em outras. Pela sua qualidade pessoal, Enderson terá futuro, adquirirá mais experiência e logo estará empregado. Só espero que não haja solução mágica daqui para a frente e que o departamento de futebol do Grêmio tenha mais autonomia.