Desde o início da Copa do Mundo, tenho externado minha opinião no sentido de que, mesmo não sendo considerada uma das favoritas, inclusive em seu próprio país, a seleção francesa é candidata, senão ao título, ao menos para estar entre as quatro semifinalistas.

Trata-se se uma equipe coesa, com jogadores de muita força física, e alguns deles, com técnica apurada. A meu juízo, Benzema, Valbuena e Pogba já estão entre os melhores da Copa. Ademais, exatamente por não ser considerada favorita, a seleção da França leva para dentro de campo o espírito trabalhador e humilde de quem possui ambição, trabalhando dentro de suas próprias condições e reconhecendo seus limites.

O trabalho coletivo vem demonstrando uma parceria entre seus atletas. E mesmo aqueles considerados estrelas do time laboram como se operários fossem, com ajuda recíproca, em prol dessa coletividade francesa.

Sei que há muitas surpresas ocorrendo nesse Mundial e, por mais paradoxal que possa parecer, algumas até relativamente esperadas. Não sei se até onde já foi, a França já pode ser uma surpresa, mas, seguindo nesse ritmo de atuação, alcançando a final, estará consagrada a surpreendente participação dos franceses.

E este trabalho coletivo citado tem sido tão priorizado que, mesmo a ausência de um craque do tamanho de Ribery, tem sido esquecida.