Está ficando cada dia mais difícil escrever sobre essa extraordinária Copa do Mundo. Todos os jogos têm sido excelentes, salvo raríssimas exceções. Torna-se absolutamente imponderável escolher os melhores, antes de chegarmos ao fim da disputa.

Mas pretendo arriscar, ainda neste momento, um conceito mais genérico do que estamos assistindo. Penso que, desde muito tempo, não havíamos assistido a uma incrível quantidade de goleiros do mais alto nível. Se deixarmos de lado a gloriosa exceção que foi o goleiro espanhol, que já era consagrado, temos visto inúmeros que são destaques em todos os jogos.

Não sei se tal fato significa o privilégio ao futebol ofensivo, que proporciona grandes atuações e protagonismo aos goleiros, ou se, em havendo seleções superiores, estas buscam incessantemente o gol e acabam por fazer do goleiro adversário um grande destaque.

De qualquer sorte, não vou elencar a todos, mas México, Colômbia, Chile, Holanda, Alemanha, Argentina, Nigéria, Argélia, Estados Unidos, Suíça, e vou esquecer algum grande craque na arte de defender. Mas é preciso que se faça esse registro, no sentido de que não passe sem que o mundo esportivo reconheça a grande qualidade dos goleiros da Copa do Mundo.

Poderia também ter referido o brasileiro Julio Cesar, herói da classificação, na defesa dos pênaltis, mas, na realidade ao longo dos jogos, foi pouco exigido. Até o final da Copa, vou escolher o melhor deles. Isso que escrevo não significa dizer que não temos extraordinários meio-campistas e centroavantes de primeiríssima linha, que têm sido decisivos. E quanto jogo bom teremos ainda pela frente.