Paixão Tricolor
Coluna do Cacalo: jogadores médios
Nesta época do ano, quando há intensa movimentação do mercado, fala-se muito em contratações por parte de todos os clubes. Há muitas cobranças de torcedores e da imprensa de um modo geral, essa exercendo seu conteúdo crítico. Porém, o que é preciso num momento como este é que os dirigentes tenham sensibilidade, sabedoria e lucidez para fazer aquilo que realmente for melhor para seus clubes.
Não concordo que eventuais contratações sejam feitas exclusivamente pelo técnico e sues auxiliares, já escrevi muito sobre isso. O mínimo que se espera é que haja uma troca de ideias entre os que comandam o futebol para, após, levarem ao presidente do clube, que em última análise é quem concorda e paga a contratação. Esta é a minha forma de analisar contratações e que entendo correta de como deve trabalhar um departamento de futebol.
Contratar por contratar
No entanto, sou inteiramente contrário à ideia de contratar por contratar, pois isso só aumenta o número de atletas, sem agregar qualidade. Salvo, porém, se for um atleta comprovadamente em condições plenas de jogar num clube grande. Dizem que o Grêmio precisa de laterais, e até admito essa tese, em face da saída de Pará e Zé Roberto. Mas ir ao mercado e trazer jogadores de nível médio para baixo, apenas pelo prazer de contatar, penso que é um equívoco irreparável.
Neste caso, prefiro que sejam alçados jogadores das categorias de base, e a eles sejam dadas as devidas condições de trabalho, de adaptação e aclimatação junto aos profissionais, porque serão meninos repentinamente enfrentando homens. Assim, a pré-temporada é o momento ideal de teste com jovens jogadores promissores, que precisam estar acostumados a conviverem com profissionais experientes. Em qualquer das circunstâncias, tanto jovens quanto maduros, vindos da base ou contratados, o mais importante é que os avaliadores encontrem neles qualidades para serem aproveitados.
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