Paixão Tricolor
José Augusto Barros: "Zaga que não vaza é meio caminho andado"
Retaguarda tricolor completa um mês sem levar gols, fato fundamental para que Tricolor retomasse o caminho das vitórias.
Em diversas oportunidades neste espaço, tanto no começo do ano quanto nas últimas semanas, alertei sobre a importância de uma zaga que leve poucos gols, para que para que o Tricolor tenha chance de sucesso no Campeonato Brasileiro. Para ilustrar essa tese, alguns números: em 2015 e 2013, tivemos a segunda melhor defesa do Brasileirão.
Em 2012, fomos a melhor zaga, empatados com o Fluminense, campeão daquele ano. Lembro destes números porque hoje se completam exatos 30 dias do último gol sofrido pelo Grêmio - aliás, foram 4, na derrota para o Sport, pela 15ª rodada. Em um campeonato equilibrado, essa melhoria ajuda a explicar - e muito - o nosso crescimento na tabela.
Leia outras colunas
O tempo ajudou
Em mais de uma entrevista, Roger Machado já vinha alertando que sabia do problema, e que vinha treinando para corrigir nossos defeitos crônicos, principalmente na bola aérea. Acredito que um dos fatores que contribuíram para essa melhora foi o tempo que nosso comandante teve para treinar o time, entre o jogo do Santa Cruz, no dia quatro deste mês, e o confronto contra o Corinthians, no domingo.
Além da marcação ter melhorado no ataque, dando uma pressão no time adversário, logo na saída de bola, alguns outros fatores chamam atenção nos últimos jogos. Marcelo Grohe voltou a ter atuações importantes - foi decisivo nos jogos contra América-MG, Santa Cruz e no primeiro tempo contra o Coringão.
Geromel, como de costume, segue fazendo jus ao apelido de Geromito, enquanto Wallace Reis vem tendo atuações seguras, deixando no passado as terríveis lembranças de Kadu e Bressan na zaga. A correção de alguns problemas coletivos, que torcemos para que não seja momentânea, nos dá esperança de seguir na batalha no G4 e na busca pelo improvável título.