As derrotas de Flamengo e Botafogo confirmaram, matematicamente, o Grêmio na fase de grupos da Libertadores de 2018. Escrevi sobre isso em coluna anterior, com a convicção de que o Grêmio iria se classificar mesmo antes dessa segurança decorrente da tabela de pontos. Não deu outra. 

O Tricolor tem no seu planejamento, a partir de agora, a Libertadores do ano próximo. Mais do que isso, com essa previsibilidade, o Grêmio pode iniciar o planejamento para 2018, ainda neste 2017. Neste ano que está terminando, o Tricolor organizou um bom planejamento, mas ainda assim enfrentou inúmeras dificuldades em face da quantidade de competições importantes que disputou. 

Agora, com tempo suficiente, o clube poderá, internamente, buscar soluções adequadas que superem aquelas adotadas em 2017. A direção estará devidamente preparada para fazer uma avaliação detalhada das necessidades, sempre considerando as lições deste ano que finda. Experiência, conhecimento e discernimento foram acumulados nesta temporada. 

É preciso que sejam afastados eventuais equívocos e que as soluções apresentadas para o próximo ano venham a suprir as carência e as necessidades do time. Com esse cuidado, a cautela antecipada e o planejamento adequado, porque não se pensar em conquistar todas as competições de que o clube participará? 

A América azul

Por óbvio, as atenções ainda estão voltadas para a final da Libertadores, circunstância deveras relevante. Mas clube grande, imediatamente passada a decisão, já deve começar a pensar nas próximas. Assim foi o Grêmio historicamente. A conquista é inesquecível, mas em seguida já haverá outra talvez mais importante. 

Um clube do tamanho do Grêmio deve buscar sempre a conquista de títulos, mesmo que, às vezes, conquistar vaga possa ser fundamental. Nessas condições, tenho confiança plena de que o Tricolor está apostando todas as suas fichas no tri da Libertadores, desejo de todos os gremistas. Mas nada impede que o clube planeje 2018.