Perplexo com as manifestações que li e ouvi após o último Gre-Nal, quero enfrentar a inegável realidade dos fatos. O Grêmio disputou mais da metade do glorioso Gauchão com sua equipe de transição, e uma ou duas partidas com os suplentes. Em determinado momento se viu na lanterna! Colocou seus titulares, empilhou vitórias e chegou à classificação. 

Aí, começam detalhes que alguns, por sei lá que motivo, ou até sei, preferem não enxergar. O Tricolor chegou à última rodada da fase classificatória com a obrigação de vencer o Gre-Nal na casa do adversário sob pena de não se classificar. Venceu. Mais do que isso, decidiu o jogo no primeiro tempo e administrou no segundo. Foi para o primeiro clássico do mata-mata, na Arena, tendo que buscar um resultado que lhe garantisse boa vantagem para a decisão no Beira-Rio. Passeou em campo. Foi um chocolate e uma goleada histórica. 

Levou, e isso é fato, tal benefício para a decisão. Lá, apesar da boa atuação do Inter, mudou sua forma de jogar, administrou o jogo, perdeu dentro do que podia perder e atingiu seus objetivos: a classificação e eliminação do rival. E vejam, e isto também é um fato, que poderia ter saído na frente no placar, se o goleiro colorado não tivesse produzido uma grande defesa num chute de Luan, cara a cara. 

Administrou e classificou

Nos dois jogos que objetivamente decidiam, o Grêmio venceu. Quando podia administrar, administrou e classificou. Volto a minha perplexidade quando leio e ouço que o Internacional saiu fortalecido dos Gre-Nais. Fico pensando: só ganhou o amistoso, foi eliminado e o Grêmio saiu recebendo algumas críticas. Assim, vamos enfrentar o Avenida, mais um jogo difícil com a quase certeza que o Grêmio vai ter que se redobrar porque não goleará o time de Santa Cruz por 3 a 0.