Preservado nas partidas contra o Cruzeiro, pelo Brasileirão, e Cerro Porteño-PAR, pela Libertadores, Luan será reavaliado nesta quarta-feira (18) pelos médicos do Grêmio antes de ter definida a data de sua volta aos gramados. A fascite plantar e o desgaste muscular merecerão uma cuidadosa observação até o jogo contra o Atlético-PR, domingo (22), na Arena, pelo Brasileirão. Por isso, é incerto o seu retorno já neste jogo.

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Na avaliação, será decisivo o papel dos fisiologistas do clube, que submeterão o jogador a mais um teste de CK, exame que mede a concentração da enzima creatina quinase no sangue e atesta o nível do desgaste muscular. Se o CK dá alto, é porque o músculo apresenta pequenas rupturas, o que eleva o risco de distensão e a consequente longa parada.

— Ele estava com bastante dor muscular. Por isso, ficou fora desses dois jogos — atesta o médico Paulo Rabaldo.  

O que mais preocupa é o calendário de jogos. É certo que o Grêmio já começará na próxima semana, dia 25 de abril, sua participação nas oitavas de final da Copa do Brasil, contra adversário que será conhecido em sorteio nesta sexta-feira na CBF. E dia 1º de maio fará o jogo de volta contra o Cerro Porteño pela Libertadores. No meio desses dois compromissos, dia 28 de abril, pega o Botafogo, no Engenhão, pelo Brasileirão. Com tantos jogos pela frente, será necessário definir em qual deles é mais necessária a participação de Luan.

Embora tenha sido uma das responsáveis pela preservação de Luan, a fascite plantar preocupa menos do que o desgaste muscular. Até por não se tratar de um problema recente. E que dificilmente deixará de acompanhar o jogador até o final da carreira, por estar ligado ao formato de seus pés. Em 2014, o atacante já fazia relatos aos médicos quanto ao problema. Desde então, realiza, sempre que necessário, tratamento com relaxantes, anti-inflamatórios e, sobretudo, sessões de fisioterapia. Há períodos em que as dores são mais intensas. Outros, nem tanto.

— É uma inflamação na fáscia, chamada de fascite plantar. Muita gente tem esse problema. Incomoda, é chato. Luan tem alguns episódios de dor, de exacerbação da inflamação. É normal o jogador de futebol ter problemas no pé e no púbis em decorrência da atividade física em excesso — explica Rabaldo, acrescentando que se fosse somente pela fascite ele não teria ficado fora das duas partidas.

Renato brinca ao dizer que é muito difícil deixar Luan fora das partidas. Chama o atacante de "fominha", mas deixa claro que há momentos em que a preservação se impõe, caso dos jogos em Belo Horizonte e Assunção. 

— Ele é chato demais. Em determinados jogos, troco ideias para tirá-lo e ele implora para continuar — sorri o treinador.

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