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Paixão tricolor

Cacalo: "Parece que chegar em sexto lugar na Copa do Mundo é um prêmio"

Com contrato renovado, Tite vai ficar quatro anos enfrentando adversários fracos, acumulando vitórias inexpressivas, curtindo uma zona de conforto que nenhum outro treinador tem

26/07/2018 - 07h00min


Cacalo Silveira Martins
Cacalo Silveira Martins
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Fabrice COFFRINI / AFP
Tite renovou contrato com a CBF até a Copa do Mundo de 2022, no Catar

O técnico da Seleção Brasileira, Tite, é um profissional sério, trabalhador e competente, isso é inegável, pois o conheço. Mas o trabalho dele deve ser avaliado dentro do contexto de Seleção. Ele tem liberdade total de convocação dos melhores brasileiros no mundo e estrutura invejável. Infelizmente, não foi bem na Copa do Mundo.  

Agora, renovando contrato, o treinador fica quatro anos enfrentando adversários fracos, com certeza acumulando vitórias inexpressivas, curtindo uma zona de conforto que nenhum outro treinador tem, pois os demais ficam sujeitos a resultados, à dificuldade de contratações e enfrentando adversários similares. Parece que chegar em sexto lugar na Copa do Mundo é um prêmio.

Prova de capacidade

Os treinadores de equipes de futebol raramente conseguem esses momentos de tranquilidade para exercerem suas atividades, em face da constante insegurança que vivem em função de resultados. O maior exemplo atualmente é o técnico gremista, Renato Portaluppi, que, mesmo após conquistar quatro títulos importantes em menos de dois anos, está constantemente tendo que provar sua capacidade. Como se fosse possível vencer todas as competições que participa ou não cometer algum erro de sistema ou de escalação. 

Tudo depende da ótica e do interesse de quem faz as críticas. Há outros profissionais espalhados pelo país que nem sequer conquistaram um titulozinho e são louvados por muitos. Repito o que já escrevi algumas vezes: a situação de técnico de Seleção é bem diferente da dos treinadores de clubes.



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