Paixão tricolor
Cacalo: Por que o Brasil foi eliminado, parte 1
As convocações de uma Seleção devem obedecer a critérios bem definidos, que envolvam qualidade, carisma, raça, liderança e espirito vencedor
Discute-se muito, após a derrota da Seleção e a consequente saída da Copa do Mundo, acerca da permanência do técnico Tite e de sua comissão técnica. Preliminarmente, preciso dizer que o trabalho do profissional foi de razoável qualidade. Teve seriedade, com muito pouco oba-oba, fechando quando deveria fazê-lo e permitindo o acesso quando era oportuno e adequado.
Assim, com relação a questões paralelas e a outras que envolviam a Seleção, nada a reclamar. Mas, particularmente, tenho uma avaliação de Seleção diferente da de clubes. O treinador da Seleção Brasileira, e de qualquer outra, tem à sua disposição os melhores jogadores nascidos no país. Não necessita de nenhum esforço para trazê-los, bastando convocá-los. Nos clubes, sem recursos disponíveis, só é possível a contratação de um grande jogador, no máximo dois, e com enorme sacrifício financeiro.
Critérios
As convocações, portanto, devem obedecer a critérios bem definidos, que envolvam qualidade, carisma, raça, liderança e espirito vencedor. Somente uma Seleção pode reunir todas estas valências. Preferência pessoal, por qualquer motivo que não seja o preenchimento dos requisitos antes citados, deve ser afastada. Tite, com a máxima e absoluta boa fé, cometeu erros, mas quem não os comete? Tais equívocos, porém, levaram à desclassificação da Seleção. Mas não quero com isso responsabilizar isoladamente o treinador pela saída do Brasil da Copa.
Amanhã, continuo nesse assunto.