Paixão Tricolor
Cacalo: desculpem, mas sou contra o VAR
Aprendam primeiro, consolidem, estabeleçam critérios, depois apliquem
Andei olhando os jogos dos campeonatos carioca e paulista do final de semana que passou e fiquei pasmo com as lambanças proporcionadas pelo tal de VAR. Em tese, a tecnologia aplicada ao futebol poderia e deveria ser em benefício do próprio futebol, como é no vôlei e em outros esportes, como no tênis, por exemplo.
Se fosse algo bem organizado e capaz de ser inserido dentro de uma partida de futebol, deveria eu admitir, por óbvio, o VAR. Mas o despreparo de quem trabalha com esta tecnologia, levando este desarranjo ao árbitro do jogo e, especialmente aos auxiliares, confunde a todos.
Não há critérios de uso do instrumento. A insegurança da arbitragem é notória. Os atletas já se deram conta que, em qualquer lance duvidoso, correm para pedir o VAR. Pressionam dentro do campo, e há pressões também de fora do campo.
Ademais, uma solução leva três ou quatro minutos, desgastando a todos, inclusive os torcedores no estádio, que comemoram duas vezes ou anulam suas comemorações. Na prática, as autoridades estão transferindo do ser humano com o apito na boca para o seres humanos da frente da televisão a responsabilidade de decisões, que pertencem à arbitragem.
Aprendam primeiro
Quais os critérios para pedir VAR? Quem pode fazê-lo? Quantas vezes? Quem decide se o VAR deve ajudar? Em quais jogos? Enfim, o que seria e será uma excelente ideia, está longe disso, em face do descaminho dos responsáveis pelo VAR. Aprendam primeiro, consolidem, estabeleçam critérios, depois apliquem. Do jeito que está, seguiremos tendo muitos problemas. Até lá, sou contra o VAR.