Paixão Tricolor
Cacalo: a consagração de Everton
Em 15 minutos em campo contra a Venezuela, atacante do Grêmio produziu mais do que todo time brasileiro
O jogo da Seleção Brasileira contra a Venezuela foi uma inequívoca demonstração da qualidade do jogador gremista Everton. A par disso, o empate em 0 a 0 foi também uma confirmação pública e mundial do equívoco do técnico do Brasil, que manteve o atleta na reserva.
Não sou vidente e tenho repetido que não entendo de futebol como muitos especialistas, que fazem de conta que sabem. Há poucos dias, escrevi que a Seleção, afora Neymar, não tem nenhum craque, do nível daqueles que já tivemos.
Temos vários excelentes jogadores, todos coadjuvantes em seus clubes. Mas não há protagonistas. Alguns, inclusive, são reservas nas suas equipes. E quando surge alguém que pode decidir uma partida, superior tecnicamente àqueles que estão jogando, é relegado à reserva pelo técnico. Pergunta-se: em nome de quê?
Everton não é um craque de exceção, mas é muito superior aos que vêm ocupando um lugar no ataque brasileiro. Neste último jogo, o país inteiro pedia o jogador, e somente o treinador insistia em deixá-lo de fora. Mas a voz do povo baiano e dos analistas presentes na Fonte Nova exigiu a presença do gremista, que, ao entrar, produziu em 15 minutos mais do que todos os outros.
Valorização
O resultado de tudo isso é a supervalorização de Everton, o que pode tirá-lo do Grêmio caso chegue uma proposta milionária. Se, por um lado, pode ser bom para o atleta e até para o clube financeiramente, por outro, corremos o risco de perder mais um prata da casa. Esperamos que o técnico da Seleção perceba, daqui por diante, aquilo que todos estão vendo: Everton é titular.