Paixão Tricolor
Cacalo: o Var secreto
A autossuficiência, a prepotência e a arrogância não permitem que árbitros assumam eventuais equívocos
Faço questão de frisar que sou, francamente, a favor da utilização da utilização do árbitro de vídeo, o famoso VAR. Quem poderia ser contra um método que resolveria as dúvidas? Mas tudo acaba esbarrando no limite da capacidade humana de cometer equívocos e enxergar aquilo que preferem.
Não exijo que os integrantes da arbitragem e do VAR sejam especialistas em matemática, geometria, direito, biologia, química ou filosofia. No entanto, necessitam, obrigatoriamente, ter um mínimo de conhecimento das regras de futebol. Ou por igual, sejam obrigados a realizar um exame ocular a cada temporada futebolística.
Como são humanos, e estou dizendo o óbvio, são passíveis de erros. Mas a autossuficiência, a prepotência e a arrogância não permitem que assumam eventuais equívocos. Justificar erros sabidos com linhas imaginárias é um acinte e um escárnio com os esportistas.
Erros lamentáveis
Mas o pior de tudo é o VAR secreto. Ao contrário do voleibol e do tênis, onde todos os assistentes são testemunhas dos fatos, no futebol, é secreto. Escondem-se atrás de circunstâncias que ninguém pode ousar discutir, salvo quando os erros são ridículos e visíveis a olho nu. Chegou o momento da democratização, das verdades virem à tona, das decisões serem testemunhadas pelo mundo esportivo. Chega de segredo para encobrir erros lamentáveis.