Paixão Tricolor
Cacalo: se o esquema de Renato no Grêmio está desgastado, deve ser alterado
Técnico tem de buscar novas soluções no meio-campo e também no ataque
Não canso de repetir que as avaliações que faço do Grêmio sempre são desprovidas de informações básicas sobre o dia a dia dos atletas. Ou quase sempre.
Diferentemente de quando era dirigente e participava ativamente de tudo que dizia respeito ao futebol, desde contratações até decisões internas de rotina diária. Quem escalava o time e escolhia a forma de atuar, obviamente, sempre era o treinador.
Por isso, à distância, penso que se o esquema adotado por Renato Portaluppi, que tantas conquistas nos trouxe, está relativamente desgastado, ele deve ser alterado.
O técnico tentou e aparentemente não encontrou o substituto ideal para Ramiro. Considerando, então, que não há jogador no elenco com aquelas valências, que o esquema seja adequado à característica dos atletas que estão no grupo.
Quando chegou ao Grêmio pela primeira vez, em 2010, o treinador se valeu de uma sistematização tática que deu muito certo. Foi o 4-4-2 com losango no meio. Por que não retornar algo desse tipo? Três volantes e um meia, com dois atacantes.
Consistência na frente
Esse esquema retiraria a sobrecarga de Everton, que marca os laterais adversários e chega sem força à frente para usar seu talento, e proporcionaria assistências ao centroavante. Daria consistência defensiva ao time e boa chegada à frente, pois o elenco tem ótimos volantes para essa função e opções para alteração eventual de esquema numa partida.
Mas tudo isso viria somente depois de um saudável debate interno no departamento de futebol.