Paixão tricolor
Cacalo: empresário de Ferreira não pode ser radical e prejudicar carreira do menino
Para o bem do Grêmio e do jogador, partes deveriam intensificar o diálogo
Como muitos dos leitores sabem, fui vice-presidente de futebol e presidente do Grêmio. Em ambas as funções, tratei dos mais diferentes assuntos e tive a felicidade de participar de inesquecíveis conquistas e de derrotas inesperadas. Na minha época, renovação de contratos de profissionais já eram comuns.
Convivi e negociei com os mais diversos agentes de jogadores, contratados por eles ou familiares em muitas oportunidades. Não me recordo de ter enfrentado dificuldades por exigências absurdas ou falta de ética de algum deles. Todos, dentro dos limites da boa convivência e da civilidade, defendiam os interesses de seus representantes.
Por uma questão de justiça plena, faço questão de citar alguns nomes de agentes honestos, profissionais e respeitosos na relação entre partes. Refiro-me a Gilmar Veloz, Neco Cirne, Jorge Machado, Tadeu Oliveira, João Francisco, o ex-goleiro Benitez que, mesmo tendo jogado no Inter, foi corretíssimo com o Grêmio, só para citar alguns do sul.
Um bom diálogo
Fiz essa regressão para expor minha perplexidade pelo jeito como o procurador/empresário de Ferreira conduz a negociação com o Grêmio. Não entro no mérito de sua capacidade intelectual ou de sua educação, pois, como se viu nas entrevistas, são mínimas. Mas não pode ser radical e prejudicar a carreira do menino.
Não há nada que um bom diálogo não resolva. Será bom para o Grêmio e para o jogador. O interesse do agente deve ficar para depois, pois ele é somente representante, não é parte.