A imensa maioria dos procuradores e agentes de jogadores de futebol com quem convivi, negociei e decidimos no Grêmio em relação aos atletas foram pessoas corretas, honestas e transparentes, mesmo defendendo os interesses de seus representados. Mas há problemas com outros tantos, que não sabem ser profissionais na verdadeira acepção do termo.

O agente deve representar seu atleta, Porém, deve ter consciência de manter um diálogo sempre aberto, porque há o interesse de duas partes no negócio. Retomo esse assunto em face das notícias que circulam da possiblidade de o Grêmio transacionar Everton e Pepê, ou somente um deles.

Com uma eventual saída, cresceria — no condicional — a chance de Ferreira vir a ser titular ou quase. Mas a tal falta de diálogo e um agente totalmente despreparado, como se viu em suas manifestações, dificultaram o negócio. Impregnou a cabeça do menino e prejudicou a carreira do atleta. E as pífias alegações que o clube não chegou aonde o atleta desejava, cairiam por terra, se houvesse sensibilidade do agente do atleta.

Ainda é tempo

É uma pena, porque se trata de um jogador muito promissor, com muitas qualidades e que acrescentaria ao elenco tricolor. Talvez se despindo de eventuais rancores, as partes possam humildemente buscar uma reaproximação, trazer Ferreira novamente ao grupo principal, o que seria ótimo para o atleta e para o clube.

Ainda é tempo de uma saudável reconciliação. Basta que as partes se desarmem e recomecem tratativas em alto nível.